O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) capacitou participantes do projeto “Mulheres do Cacau” para o uso das cadernetas agroecológicas, método utilizado para ampliar a visibilidade do trabalho das mulheres rurais.
A oficina foi realizada nos dias 26, 27 e 28 de agosto, nos municípios de Linhares, Rio Bananal e Colatina. Além das integrantes das associações Mulheres do Cacau dessas cidades, foram capacitados técnicos e bolsistas do projeto.
Adotada em diversos estados do País, a caderneta agroecológica é um instrumento de monitoramento e registro, onde as produtoras anotam informações sobre as atividades que desempenham e o que produzem. Dessa forma, ela evidencia o papel fundamental das mulheres – muitas vezes não reconhecido – na produção e na economia doméstica no meio rural.
De acordo com a extensionista do Incaper e coordenadora do Mulheres do Cacau, Jozyellen Nunes da Costa, a adoção desse método pelo projeto vai trazer ainda mais valorização ao trabalho desenvolvido pelas participantes e contribuir para a redução da desigualdade de gênero no campo.
“Vamos incentivar o registro da produção, comercialização e das diversas relações econômicas estabelecidas no dia a dia das mulheres inseridas no projeto. Com as cadernetas, é possível visualizar até mesmo as atividades não monetárias realizadas por elas, como, por exemplo, o consumo, as doações e as trocas, que passam a ser consideradas nas análises econômicas”, explica Jozyellen Nunes.
A oficina foi conduzida pelos extensionistas do Incaper, Angélica Carvalhais e Abel Costa, do município de Itapemirim, participantes do projeto de pesquisa “A Política Estadual para as Mulheres Rurais e da Pesca: uma análise do impacto socioeconômico e ambiental a partir da mediação feminista”, financiado pelo Banco de Projetos de Pesquisa da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).
As capacitações fazem parte da nova fase do projeto “Mulheres do cacau: tecnologia, autonomia e empoderamento feminino”, que foi criado para promoção da igualdade de gênero na produção de cacau. Com enfoque em gestão, marketing e comercialização, essa nova fase resulta de acordo técnico entre a Fundação de Desenvolvimento Agropecuário do Espírito Santo (Fundagres Inovar), o Incaper e o Banco do Nordeste, e conta com recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e de Inovação (Fundeci).
Fonte: es.gov