O Salon du Chocolat se rende aos produtos baianos

A presença da Bahia no Salon du Chocolat, em Paris, é um sucesso. Do sorriso da baiana aos produtos apresentados na feira, tudo provoca interesse e curiosidade no público que encheu o primeiro dia de festival.

“O público que está visitando aqui o salão tem uma aceitação muito grande pelos produtos brasileiros, principalmente os produtos da Bahia. Eles estão vendo a qualidade que tem os nossos produtos, o sabor diverso que tem, por exemplo, abacaxi desidratado, sem açúcar, sem conservante, produto natural, bem como os cafés, as pastas e os doces. A Bahia está representando aqui a qualidade dos seus produtos da agricultura familiar”, disse Ícaro Rennê, presidente da Unicafes (União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária), que comentou sobre a curiosidade do público sobre o abacaxi desidratado, a banana desidratada e também a variedade de cafés.

O idealizador do Chocolat Festival e coordenador da missão a Paris, Marco Lessa, exaltou os produtos baianos.

“É de uma grande alegria ver os produtos baianos serem tão apreciados aqui em Paris, principalmente pelos franceses. São anos de trabalho forte e sério. E é só o começo”.

O Secretário de Turismo da Bahia, Mauricio Bacelar declarou seu orgulho ao ver o estande da Bahia no Salon du Chocolat e explicou que eventos como esse ajudam ainda mais o turismo do estado.

“Para o turismo da Bahia é importante ter estande tão bonito, tão grande, num festival gigantesco, com chocolates do mundo inteiro. A Bahia tem trabalhado a produção de chocolate associada ao turismo. Internamente, dentro do Brasil, nós estruturamos o Estado para receber visitantes na estrada do chocolate, onde ele tem a oportunidade de conhecer a cultura sustentável do cacau, a elaboração das amêndoas e a transformação dessa amêndoa em chocolate mais fino. As nossas amêndoas são as mesmas utilizadas pelos grandes chocolatiers do mundo, franceses, belgas e suíços. E a Bahia vir ao Salão do Chocolate, em Paris, é poder propagar ao mundo tudo o que o governo do estado vem fazendo internamente. É dar oportunidade para que também outras pessoas possam saborear chocolates produzidos com as nossas amêndoas, as melhores do mundo, e uma oportunidade de promover o destino Bahia”, comentou Bacelar.

Visivelmente feliz, Lanns Almeida, da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural, exaltou os anos de investimentos feitos pelo Estado.

“Para a gente é um momento importante. Ter um estande dessa envergadura, trazendo agricultores familiares às nossas marcas de chocolate. Quando a gente começou há 15 anos, a Bahia só tinha uma marca de chocolate. Hoje a gente tem marcas de chocolate fantásticas, como é a Bahia Cacau,  o chocolate Terra Vista, o Benevides, o chocolate do Ciapra, da Copermata, para citar alguns exemplos. É extremamente importante, pujante, o preço que o cacau está hoje, o mercado, os investimentos que o Estado tem feito com as nossas entidades de até, com os movimentos sociais, com os consórcios. A Bahia volta ao topo de maior produtor de cacau do Brasil. Os investimentos com o Pronaf saem há 5 anos atrás de R$ 21 milhões, só no recorte de cacau, para mais de R$ 104 milhões no plano safra passado, então mostra pujança e a gente está colhendo esses resultados de um projeto exitoso que a Bahia tem ao longo desses últimos anos”, disse Lanns Almeida.

Quem passa pelo evento reconhece a qualidade dos produtos da Bahia. A francesa Lea Elbacy experimentou o chocolate da Bahia Cacau. E levou dois tablets:

“Eu gostei muito do chocolate 75%. É muito saboroso”, disse Lea.

Outro que se apaixonou pelos produtos baianos foi Michel Berny, que experimentou o café da Unicafes.

“Que cheiro bom”, disse antes de experimentar. Berny fez uma careta, tomou um gole e exclamou:

“Que café gostoso! Que acidez incrível. É muito bom!”

Outro produto que tem feito muito sucesso com os estrangeiros é o chocolate Leo Cacau, que tem diferentes sabores a oferecer para os clientes.

“Temos o bolo de aipim, que é muito diferente para eles. Como a gente também está trazendo o mel de abelha uruçu, que está muito procurado. É a abelha nativa do bioma da Mata Atlântica. A gente está com a expectativa de fazer grandes negócios aqui e poder divulgar o chocolate, mas não só o chocolate. A gente também está tendo muita respaldo e resposta da matéria-prima”, disse Leo Soares, CEO e fundador da Leo Cacau.

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