Na manhã desta terça-feira, 3 de setembro, os preços do cacau registraram uma queda de 1,42%, com os contratos futuros para dezembro sendo negociados a US$ 7.575 por tonelada. Este recuo ocorre em um cenário onde a demanda da indústria permanece fraca, enquanto as condições climáticas melhoram nos principais países produtores de cacau, Costa do Marfim e Gana.
As chuvas contínuas na África Ocidental, onde estão localizados os maiores produtores mundiais de cacau, têm contribuído para um cenário mais favorável para os cacaueiros, o que pode resultar em uma colheita robusta nos próximos meses. Essa melhoria nas condições climáticas pode aliviar algumas das preocupações recentes sobre a oferta global de cacau, que enfrentou desafios devido a variações climáticas adversas nos últimos anos.
Por outro lado, no Brasil, a situação é menos otimista. A Bahia, principal estado produtor de cacau no país, enfrenta uma seca sazonal, o que pode prejudicar a produção local e pressionar a oferta interna. Essa discrepância climática entre os continentes destaca a volatilidade do mercado global de cacau, onde as condições climáticas desempenham um papel crucial na determinação dos preços.
A combinação de uma demanda industrial ainda lenta e as expectativas de uma oferta crescente da África Ocidental pressionam os preços para baixo no curto prazo. No entanto, a situação na Bahia e outras regiões produtoras do Brasil pode se tornar um fator de preocupação se a seca se prolongar, potencialmente equilibrando ou até revertendo a atual tendência de queda nos preços globais.
O mercado segue atento às condições climáticas nos principais países produtores e à evolução da demanda industrial, fatores que continuarão a influenciar a volatilidade dos preços do cacau nas próximas semanas.
Fonte: mercadodocacau