Mercado de Cacau: Queda nos Preços e Expectativas de Alta

17 de junho de 2024 – O mercado de cacau iniciou a semana em baixa, registrando o menor valor do dia em US$ 9.755 por tonelada. As negociações de contratos futuros para julho caíram 1,09%, fechando em US$ 10.182 por tonelada, refletindo a volatilidade recente.

A queda nos preços ocorre em meio a um cenário de incertezas e ajustes no mercado global de cacau. No dia 13 de junho, o Conselho de Cacau da Costa do Marfim, o maior produtor mundial, anunciou a suspensão do fechamento de novos contratos de exportação até o fim de junho. Esta medida visa garantir que a colheita intermediária de cacau seja prioritariamente destinada às indústrias locais.

Durante a colheita intermediária, que é um período crítico para o fornecimento, as indústrias locais têm preferência na aquisição do cacau produzido. Esta limitação às exportações, especialmente para a Europa, força os compradores internacionais a buscarem novas fontes de fornecimento. Essa movimentação no mercado pode criar uma pressão de demanda que, segundo analistas, tem potencial para elevar os preços do cacau novamente.

 Impactos e Perspectivas

A suspensão dos contratos de exportação pela Costa do Marfim tem repercussões significativas para o mercado global. Com a oferta limitada aos mercados externos, os importadores europeus, grandes consumidores de cacau, são obrigados a procurar alternativas, o que pode beneficiar outros países produtores como Gana.

Analistas de mercado veem essa situação como uma janela de oportunidade para um possível aumento nos preços do cacau, levando a novas altas na bolsa. No entanto, essa recuperação pode ser temporária. Há previsões de uma nova onda de queda de preços a partir de outubro, com o início da safra 2024/25. A entrada de uma nova safra no mercado geralmente aumenta a oferta, o que pode resultar em uma diminuição dos preços.

A atual dinâmica do mercado de cacau evidencia a interconexão global e a sensibilidade dos preços às políticas de exportação dos maiores produtores. As ações da Costa do Marfim, focadas em fortalecer as indústrias locais durante a colheita intermediária, demonstram a importância estratégica de controlar a oferta para influenciar os preços internacionais.

Para os produtores e investidores, o momento é de cautela e observação. As próximas semanas serão decisivas para determinar se a previsão de alta nos preços se concretizará ou se o mercado enfrentará uma nova queda com a chegada da próxima safra. Até lá, a volatilidade continuará a ser a marca registrada do mercado de cacau.

Fonte: mercadodocacau

*Com informações globo rural

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