Motivadas por compras fundamentais, as bolsas obtiveram ganhos representativos nos últimos 30 dias, indicando margem estimada de 9,53%.
Por: Adilson Reis
Os volumes comprados por fundos, baseados na última informação, divulgados, sexta 19/01, mantiveram-se próximos de 63 mil contratos. Mediante as correções verificadas nas últimas sessões, técnicos estimam haver um crescimento representativos nos volumes especulados.
Apesar dos indicies negativos apresentados nas moagens do Q4 2023, o mercado mostra resiliência, entregando ganhos sucessivos, os quais, sendo motivados, pela escassez da oferta, como também, incrementado por rumores nos atrasos nas entregas de contratos de vendas dos fornecedores africanos. Um outro aspecto interferente para atração dos fundos, se refere ao recente interesse comprador de amêndoas, esboçado por alguns processadores e chocolateiros, os quais, vinham adiando a iniciativa, face os elevados preços da matéria prima.
Como podemos observar, as sucessivas reações positivas nas bolsas, consolidam claramente a real gravidade existente na oferta africana de cacau em amêndoas. Fato esse, expressado através dos relatórios semanais de chegada aos portos, os quais, apontam sinais para permanência do cenário caótico, como também, alimenta estar cada vez mais distante de qualquer indicativo para uma reversão no curto e médio prazo. Seguimos alertando, para o elevado montante de contratos de compras, onde, pode-se observar prováveis movimentações de altos e baixos nas bolsas, voltados para realização de lucros nas próximas sessões.
MERCADO INTERNO
Apesar dos registros iniciais de chegada amêndoas importadas, as indústrias processadoras, mantiveram o interesse comprador interno aberto. Fontes garantem uma firme redução nos estoques de matéria prima de origem local, explicado no crescimento de 12% nas moagens 2023, divulgado pela AIPC.Segundo reportam, o processamento interno bateu recorde, subindo para 253 mil tons. Os números animadores, determinaram evidencias firmes de crescimento na demanda local.
As moageiras, permanecem operando estrategicamente na originação interna. Os diffs fixados entre USD600 e USD700, ganham pontualmente, expressivas proporções acima a depender do lote ofertado.
Previsões negativas de safra
O período seco registrado nos últimos meses, levantou preocupações para formação da próxima safra interna. Técnicos reportaram ao MC, do elevado volumes de perdas e atraso sistemático no desenvolvimento dos frutos. “Teremos perdas estimadas em mais de 30% na próxima safra”, reportou Sérgio Vieira, produtor na região de Uruará, no estado do Pará.
Apesar das chuvas ocasionais, as quais, garantem a manutenção do fluxo de formação da próxima safra, os volumes representativos de entradas, continuam sendo prospectados a partir da segunda quinzena de junho próximo.
Fonte:Mercadodocacau