Com pouco cacau, Costa do Marfim pede para compradores esperarem próxima colheita

De acordo com reportagem da Bloomberg conselho ligado ao governo do país não tem como garantir a entrega de 130 mil toneladas de amêndoas já negociadas

O Conselho Cacau-Café, ligado ao governo da Costa do Marfim, pediu que os compradores de cacau aguardem até a colheita da safra intermediária para receberem cerca de 130 mil toneladas de amêndoa negociadas, segundo informações da Bloomberg.

A safra intermediária termina em setembro. E a dependência dessa colheita para o cumprimento dos contratos é, de acordo com a agência, mais um sinal da escassez no maior produtor mundial da commodity. A safra principal, entre outubro e março, ficou aquém dos volumes que o regulador pré-vendeu aos comerciantes.

Os problemas de produção de cacau, não apenas na Costa do Marfim, mas em outros importantes produtores, como Gana, também no continente africano, têm sido o principal impulso para os atuais preços internacionais. Na bolsa de Nova York, o valor da tonelada chegou a bater US$ 10 mil, depois de quebrar sucessivos recordes.

Na sexta-feira (5/4), depois de três dias de ajuste para baixo, o preço da commodity na bolsa americana fechou em alta de 3,52% no contrato para maio, que foi cotado a US$ 9,795 mil a tonelada. Na bolsa de Londres, os lotes para o mesmo vencimento subiram 3,35%.

“Devido à oferta limitada, as indústrias globais de cacau estão pagando mais no mercado à vista para garantir o fornecimento este ano, devido às preocupações crescentes de que os fornecedores da África Ocidental não cumpram contratos”, avaliou, nesta sexta-feira, o site Barchart.

A publicação menciona dados do governo da Costa do Marfim, segundo os quais os produtores enviara para os portos do país 1,3 milhão de toneladas de amêndoas de cacau de 1º de outubro de 2023 e 31 de março de 2024. O volume é 27,8% menor que o do mesmo período entre 2022 e 2023.

Na segunda-feira (1/4), destaca o Barchart, o Conselho de Cacau de Gana informou que a colheita do país deve ficar entre 422,5 mil e 425 mil toneladas, o menor volume em 22 anos.

As colheitas intermediárias também são motivos de preocupação, informa Barchart. A de Gana é estimada em 25 mil toneladas. As previsões iniciais eram de 150 mil. Na Costa do Marfim, deve ser de 400 mil toneladas.

Fonte: Globo Rural

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