A programação fará parte do Festival Internacional do Chocolate e do Cacau que será realizado em Altamira no período de 13 a 16 de junho
Os investimentos do Fundo da Cacauicultura para Prevenção da Monilíase serão apresentados no Fórum da Cacauicultura da Transamazônica e Xingu, que ocorrerá no próximo dia 14, no Centro de Convenções de Altamira, município localizado no sudoeste paraense. A programação integrará a terceira edição do Festival Internacional do Chocolate e do Cacau – Chocolat Xingu, nos dias 13, 14, 15 e 16 de junho.
A monilíase é uma grave doença que acomete os frutos do cacaueiro e do cupuaçuzeiro em qualquer fase de desenvolvimento e pode acarretar em perdas da produção. A engenheira agrônoma da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Dulcimar Melo, que integra a equipe do Procacau (Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Cacauicultura), esmiuçará durante a programação, quais ações estão sendo postas em práticas no Pará para evitar a chegada da praga.
De acordo com ela, o Fórum pretende, dentro de uma proposta coletiva, tratar dos desafios econômicos, sociais e ambientais. Também serão debatidos temas como os sistemas agroflorestais, o uso sustentável e conservação de recursos naturais, a organização social e a promoção da cidadania e inclusão social.
“Os temas serão debatidos por pesquisadores, professores e agricultores familiares. Será um dia de palestras integrando atores de toda a cadeia produtiva”, anunciou Dulcimar Melo.
Prevenção- O Pará já vem adotando intensas medidas preventivas contra a doença, segundo explicou, antes mesmo da monilíase chegar no Acre. O trabalho é financiado com recursos do Fundo de Apoio à Cacauicultura do Estado do Pará (Funcacau).
Já foram investidos mais de R$ 2,5 milhões em ações preventivas. Entre elas, a ida de técnicos da Sedap, da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) e da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) a Taraponto, no Peru. “A finalidade foi a participação da equipe de técnicos em um treinamento prático para a identificação e medidas de controle contra essa doença”, lembrou a engenheira agrônoma.
Os resultados dos investimentos, segundo avaliou, estão sendo vistos. “No último final de semana, por exemplo, a Adepará apreendeu 126 sacas de cacau vindas do Amazonas transportadas sem as devidas condições exigidas pela legislação; esse trabalho minucioso é importante para evitarmos a chegada da moníliase”, frisou.
Por meio do Funcacau, como esclareceu, estão sendo executados projetos que visam melhorar a qualidade das amêndoas. No dia 18 de abril deste ano, durante reunião com os conselheiros do Fundo, foi aprovado o Projeto de Fomento e Capacitação para a Melhoria da Qualidade das Amêndoas de Cacau no Estado do Pará, voltado à prevenção da monilíase.
A iniciativa abrangerá mil produtores de cacau do Pará em práticas de fermentação e secagem de amêndoas, com a finalidade, segundo informou, de promover métodos eficientes e sustentáveis que aumentam a qualidade do produto final. “Por meio de recursos do Funcacau repassaremos cochos e estufas aos produtores, além dos treinamentos; o projeto também atenderá os técnicos que acompanharão os produtores , eles serão capacitados”, anunciou Dulcimar Melo.
Fórum– Além da representante da Sedap, o tema de monilíase será apresentado pelo superintendente da Ceplac no Pará, José Raul dos Santos Guimarães, que abordará a temática “Entendendo a Monilíase”.
A programação terá, ainda, temas como desafios econômicos, sociais e ambientais da cacuicultura, sistemas agroflorestais com cacaueiro, rota turística do cacau na Transamazônica, a identificação de pragas do cacaueiro com o uso de inteligência artificial, entre outras.
O Fórum será aberto às 08h30 pela engenheira agrônoma Dulcimar Melo, pelo coordenador do Procacau, Ivaldo Santana e pelo secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar, Anderson Serra.
Fonte: Agência Pará