A Costa do Marfim, maior produtora mundial de cacau, enfrenta uma significativa redução nas exportações de cacau bruto. De acordo com dados oficiais do governo, as exportações acumuladas de 1º de outubro de 2023 até o final de maio de 2024 somaram 879.569,29 toneladas, uma queda de 32% em comparação com as 1.281.080,784 toneladas registradas no mesmo período da campanha anterior.
Fatores Contribuintes
Segundo exportadores, dois fatores principais explicam essa queda acentuada nas exportações:
1. Falta de Grãos: A disponibilidade de grãos de cacau para exportação está menor, o que reduz a quantidade total exportada.
2. Política Governamental: O governo da Costa do Marfim tem priorizado a transformação local do cacau em vez de sua exportação como matéria-prima. Essa estratégia visa agregar valor ao produto e fortalecer a indústria local, mas tem resultado em uma redução no volume de cacau bruto disponível para exportação.
Impactos e Perspectivas
Essa diminuição nas exportações pode ter várias consequências. A curto prazo, os exportadores que dependem da venda de cacau bruto para o mercado internacional podem enfrentar desafios financeiros. No entanto, a longo prazo, a política governamental de focar no processamento interno pode trazer benefícios econômicos, como a criação de empregos e o desenvolvimento da indústria de produtos derivados do cacau.
O mercado global de cacau, que depende fortemente da Costa do Marfim, pode sentir os efeitos dessa redução na oferta. Países importadores terão que ajustar suas estratégias de compra e possivelmente procurar fornecedores alternativos ou investir em suas próprias capacidades de processamento.
A queda de 32% nas exportações de cacau bruto da Costa do Marfim reflete tanto uma escassez de grãos quanto uma mudança estratégica na política econômica do país. Embora esse cenário apresente desafios imediatos, a ênfase no processamento interno pode fortalecer a economia marfinense a longo prazo, promovendo um desenvolvimento mais sustentável e agregando valor ao principal produto de exportação do país.
Fonte: mercadodocacau