Preço do cacau despenca em Nova York, enquanto algodão tem salto

Nesta segunda-feira (23/6), os preços do cacau despencam na Bolsa de Nova York em 5,25%, com os contratos para entrega em julho sendo negociados a US$ 8.523 a tonelada. Esta diminuição é atribuída principalmente às expectativas de uma safra melhor do que o inicialmente previsto na África Ocidental, principal região produtora.

A volatilidade do clima pesa sobre as negociações da amêndoa, que volta a patamares abaixo de US$ 9 mil a tonelada em um ritmo mais lento da indústria para formar seus estoques. Nesta manhã, os contratos estão em pouco mais de 44 mil.

Algodão

Em contrapartida, os preços do algodão dão um salto de 4,88%, sendo negociados em 71,52 centavos de dólar por libra peso, em uma tendência mista no mercado, de altas e quedas. Analistas apontam a incerteza em relação à oferta da próxima temporada nos Estados Unidos, combinada com a demanda robusta da indústria têxtil asiática, contribui para a volatilidade observada no mercado.

A análise do boletim de commodities do Barchart lembra que a pluma terminou a semana passada nas posições mais baixas de fundos de hedge das últimas 52 semanas. Esses fundos venderam mais 132 mil contratos desde a alta de março. “Os fundos de hedge têm muito capital para adicionar às suas posições existentes e podem aumentar rapidamente os preços quando começarem a comprar”, avalia os consultores do site.

Café

O café apresentou uma tendência de alta consistente nesta manhã, com os contratos futuros para entrega para julho sendo cotados a US$ 2,3165 por libra, subida de 2,25%. Analistas apontam que a recente estabilidade nas regiões produtoras importantes, combinada com uma demanda robusta em mercados emergentes, tem sustentado os preços.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), Pavel Cardoso, o mercado ainda observa uma série de questionamentos em relação aos preços da commodity, já que as explicações para volatilidade do mercado continuam as mesmas, ainda em decorrência da combinação da forte estiagem de outubro de 2023, bem na florada do café no Brasil e, depois, o mesmo acontecendo no Vietnã em janeiro deste ano.

“Ambiente está propício a uma borbulha de volatilidade e não há indicadores, na nossa avaliação, de vermos os preços se arrefecendo”, falou ele à reportagem sobre as consequências de mercado para as indústrias de processamento do grão.

Segundo o Barchart, site de análises de commodities, o café tem oscilado perto de 60.000 posições longas líquidas nas últimas semanas e “continua muito próximo de seu nível mais alto nas últimas 52 semanas. O café está 101 mil acima do mínimo e quase 45 mil acima da média”, diz o boletim publicado ontem à noite.

Açúcar

O mercado de açúcar também sobe na bolsa americana nesta segunda-feira. Com leve alta de 0,84%, os papéis com vencimento para julho estão precificados em 19,13 centavos de dólar por libra. A pressão de vendas aumentou devido às perspectivas de uma produção abundante no Brasil e na Índia, os dois maiores produtores mundiais.

Fonte: Globo Rural

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1 Comment

  1. António Manuel Pinheiro disse:

    O cartel não aceita ser suplantado! Vai colocando seus tentáculos pelo mundo criando pobreza para os produtores e riqueza para os industriais!!! Algo está errado e os produtores precisam fazer equilibrar o pêndulo da balança! A Costa do Marfim e Gana já deram os primeiros passos!

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