O cacau caminhou para a maior sequência de perdas em dois anos em Nova York, à medida que o foco se volta para o clima favorável que pode ajudar as colheitas em produtores cruciais da África Ocidental.
Os futuros chegaram a cair 2,3% nesta quinta-feira, caminhando para uma sexta sessão de quedas devido ao otimismo de que as chuvas na África apoiarão a atual safra média e a produção da próxima temporada. As lavouras continuarão a se desenvolver em meio a “mais chuvas e umidade favorável do solo”, de acordo com a meteorologista Maxar Technologies Inc.
As más colheitas alimentaram uma crise de oferta global e empurraram o cacau para mais de US$ 11.000 a tonelada este ano. Embora os preços futuros tenham diminuído desde então – caminhando para a primeira perda trimestral em dois anos – o mercado continua volátil em meio à falta de liquidez, com os preços registrando grandes oscilações nesta semana.
“O cacau está caindo na expectativa de uma recuperação da produção na próxima temporada e reduziu as compras quando os preços estavam altíssimos”, disse Judy Ganes, presidente da J. Ganes Consulting. Mas o mercado ainda pode “ter alguns dentes para um salto corretivo se o clima não cooperar”.
Apesar da recente queda dos preços, as preocupações com a escassez continuam a pairar.
“Os vendedores podem ter se adiantado, pois realmente não houve nenhuma notícia esta semana para mudar o status quo, exceto pela falta de novas ameaças à safra que trariam novos compradores”, escreveram analistas da ADM Investor Services em nota.
Pierre Andurand, o gestor de fundos de hedge mais conhecido pelas apostas em petróleo, continua otimista mesmo com os preços recuando de seu pico, de acordo com uma carta aos investidores vista pela Bloomberg. A Andurand Capital Management ainda está “muito convencida” em sua “longa tese do cacau”, observando oferta apertada e demanda mais forte do que o esperado.
Fonte: Bloomberg Businessweek
3 Comments
A África pode até melhorar as espetativas sobre uma possível melhora na produção de cacau por outro lado o Pará que é o estado que mais produz a amêndoa está passando por um momento difícil, as espetativas e de uma safra 30% menor que a de 2023, com o problema climático do ano passado as lavoura sofreram muito e muitas plantas morreram.
O cartel vai se movimentando para conseguir uma queda de preço baseada em inverdades. Eles disseram que vão ter chuvas, mas não observaram que o Phitophtora Palmivora está dizimando os frutos, tanto os desenvolvidos como os mais novos e até as flores provocando queda enorme nas já combalidas produções exatamente por causa dessas chuvas. Isto, segundo fotos que chegam via Watzap mandadas por produtores alarmados com a disseminação do fungo e até, pedindo orientação para combatê-lo. Como se sabe, o tratamento desta enfermidade, é preventivo e não curativo. E quando se instala, mormente em função do clima e da utilização de práticas culturais inadequadas, pouco sobra. Então, teremos novos capítulos desta novela contrariando os vaticínios dos atores.
Boa tarde! Só tenho a parabenizar o Sr. Antônio Manoel Pinheiro por sua fala a respeito do cacau. O único comentário que merece respeito em relação ao assunto do cacau. Sem muito comentário, parabéns Sr. Antônio.