Para diversificar culturas e, consequentemente aumentar a renda, uma família de Cachoeiro de Itapemirim iniciou o cultivo de cacau orgânico e biodinâmico por meio de Sistemas Agroflorestais (SAFs). Os Giori têm propriedade na comunidade de Barra do Mutum e produzem café conilon orgânico, entre outros cultivos.
Esse processo teve início em fevereiro de 2023 e contou com a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
Dos seis irmãos que moram na comunidade, quatro atuam na propriedade e são certificados enquanto produtores orgânicos e biodinâmicos em café conilon. Em fevereiro do ano passado, eles identificaram a dificuldade em criar um viveiro orgânico de cacau. A solução encontrada foi implementar muda própria, com a orientação da Ater.
“O viveiro está pronto e recentemente ocorreu a enxertia das mudas. Agora, esperamos que, entre dois e três meses, seja iniciado o plantio na área selecionada”, explicou Lucas Calazans, extensionista do Incaper responsável pelo apoio aos irmãos.
Os irmãos têm o interesse de aumentar a diversificação das culturas em uma área dedicada ao plantio por meio de SAFs, com a inserção de açaí, sapucaia e outras frutíferas originárias da Mata Atlântica, como jenipapo e cajá.
Mesmo após a etapa do plantio, o Incaper continuará com apoio técnico no desenvolvimento das lavouras.
Cacau em números
O Espírito Santo é o 3º maior produtor brasileiro de cacau, com expressiva produção em 45 municípios capixabas. Dentro do Estado, Linhares é o maior produtor e concentra 70,7% da produção estadual. Levantamentos feitos pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), revelam que somente em 2021 o cacau capixaba somou 11.544 toneladas, agregando R$162,5 milhões ao agronegócio capixaba.
Cacau em livro
Está disponível no site da Biblioteca Rui Tendinha o livro “Cadeia Produtiva do Cacau no Espírito Santo”. O volume faz parte da coleção Fruticultura Capixaba, lançada pelo Instituto em parceria com outras instituições, entre elas, a Seag e Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).
Fonte: es.gov