No Sul da Bahia, cadeia produtiva de cacau tem previsão de R$ 1 bilhão em investimentos

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri) realiza a primeira reunião da Câmara Setorial do Cacau deste ano, nesta quinta-feira, dia 18 de julho, no Hotel Praia do Sol, em Ilhéus. O encontro tem como pauta, entre outros temas, a eleição da nova presidência do colegiado e a discussão de projetos e programas que preveem investimentos de 1 bilhão de reais para essa cadeia produtiva.

A pauta da reunião inclui temas importantes como a monilíase do cacaueiro, considerada a maior ameaça às lavouras do fruto no Brasil, e o Fundo do Cacau da Bahia. Além disso, serão apresentados planos e projetos para o setor do cacau no Estado, incluindo o Plano ABC+ Bahia 2020-2030 – coordenado pela Seagri, e o Plano Inova Cacau 2030, que envolve diversos atores do setor do cacau, sendo coordenado pela Cocoa Action e Ceplac/Ministério da Agricultura.

A reunião contará com a presença do secretário da Agricultura da Bahia, Wallison Tum, que destaca a importância da Câmara para discutir a cacauicultura nesse novo momento. “Com os novos preços praticados no mercado, a cadeia do cacau precisa ser rediscutida e a Seagri se coloca como uma articuladora desse processo. As câmaras são instâncias de governança colaborativa. Elas são fundamentais para a construção de políticas públicas eficazes, refletindo as necessidades e os interesses de todos os envolvidos, além de serem articuladoras dos anseios de cada elo do setor”, afirma Tum.

Chefe de gabinete da Seagri, o engenheiro agrônomo Thiago Guedes Viana considera que existe um ciclo virtuoso de iniciativas, programas e projetos em prol do desenvolvimento do setor do cacau, com ampliação do setor produtivo para novas áreas não tradicionais de produção no Estado da Bahia. Destaca o ajuste positivo no preço do cacau que subiu de R$ 200 para R$ 1.000,00 no último ano.

“Esta alta está atrelada à limitação da oferta global, com colheitas menores em países produtores, considerando o aspecto das mudanças climáticas, ampliação da demanda por amêndoas de cacau, dentre outros fatores. Essa valorização pode levar ao reinvestimento nas áreas produtivas e a adequação frente ao custo de produção no Brasil, impactando diretamente a economia local e as estratégias dos produtores. E é a esse cenário que a Seagri está atenta, buscando impulsionar estratégias e ações que beneficiem todo o setor produtivo”, explicou Viana.

Fonte: bahiaeconomica

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