O setor cacaueiro no Sul da Bahia está vivenciando uma transformação notável graças ao inovador projeto de alta produtividade liderado pelos Engenheiros Agrônomos  Ivan Costa e Rosenilton Araújo.

Denominado projeto 500, a iniciativa começou de forma independente, tem atraído a atenção de importantes entidades ligadas ao cacau, como a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) e a World Cocoa Foundation (WCF), entre outros, devido aos seus resultados expressivos e impacto positivo na região.

Pioneirismo e Resultados Iniciais

Doutor Ivan Costa iniciou suas pesquisas em busca de alta produtividade nas plantações de cacau ainda na CEPLAC. Em seu primeiro experimento, ele conseguiu validar uma produção impressionante de 500 arrobas por hectare. Juntamente com Rosenilton Araújo, eles começaram a implementar a tecnologia desenvolvida em algumas fazendas da região cacaueira no Sul da Bahia, com o objetivo de multiplicar esses resultados.

Expansão e Sustentabilidade

Após sua aposentadoria no MAPA, Doutor Ivan continuou a apoiar a formação de células de produtores na região. Contando atualmente com mais de 600 produtores, os quais, estão divididos em diversos núcleos espalhados na zona de produção cacaueira baiana. Os grupos se reúnem periodicamente, com a presença constante de Doutor Ivan e Rosenilton, para discutir melhorias, controle de pragas e outras práticas ligadas ao plantio avançado para alta produtividade no cacau.

Um dos aspectos mais notáveis do projeto é sua sustentabilidade. A implantação do projeto “500 Arrobas” em cada unidade foi iniciada com recursos próprios dos produtores. Muitos deles já multiplicaram suas áreas de produção em até 20 vezes mais, utilizando os dividendos gerados na primeira etapa do projeto. Este modelo de autofinanciamento tem se mostrado eficaz e replicável, atraindo novos produtores a aderirem à iniciativa.

Impacto Ambiental Positivo

Além do aumento significativo na produtividade, o projeto também se destaca por sua preocupação com a sustentabilidade e preservação da Mata Atlântica, visto que, além de 90% das propriedades participantes estão localizadas dentro do sistema cabruca, onde o cacau é cultivado consorciado com a mata nativa. Tradicionalmente, essas áreas produziam em média apenas 10 arrobas por hectare. Com a implementação das novas práticas, a produção média superou 150 arrobas por hectare, mostrando um aumento notável sem comprometer o meio ambiente.

Reconhecimento e Futuro

Os resultados alcançados pelos produtores envolvidos no projeto estão sendo observados como referência para a replicação das práticas em outras regiões. As entidades AIPC, WCF, entre outros, têm demonstrado interesse em apoiar e expandir a iniciativa, reconhecendo seu potencial para transformar a cacauicultura não só na Bahia, mas em outras regiões produtoras.

O sucesso do projeto demonstra que, com a aplicação de tecnologia avançada, suporte técnico constante e práticas sustentáveis, é possível alcançar uma produção de cacau de alta produtividade e qualidade. O trabalho incansável de Doutor Ivan Costa e Rosenilton Araújo continua a inspirar e transformar a vida de centenas de produtores no Sul da Bahia, marcando uma nova era para a cacauicultura brasileira.

Fonte: mercadodocacau