Na última semana, entre os dias 2 e 9 de agosto, os preços futuros do cacau inverteram a tendência de queda da semana anterior e fecharam em alta. Na bolsa de Nova Iorque, o contrato mais ativo (dezembro/2024) registrou valorização de
13%, terminando o pregão da sexta-feira (9) em 7.390 USD/ton.
Durante o mesmo período, o índice CRB de commodities, que reflete a variação dos principais ativos da categoria, valorizou-se 2,3%. Simultaneamente, o índice do dólar (DXY), que mede a força do dólar em relação aos seus principais pares, teve variação semanal praticamente nula. O desempenho dos índices durante a semana sugere uma recuperação do apetite por risco pelos investidores ao longo da semana. Na segunda-feira (5), a forte aversão ao risco dos agentes ainda resultou em perdas acentuadas nos mercados acionários e no fortalecimento de moedas fortes, em linha com a tendência observada na semana anterior.
Ainda assim, cabe ressaltar que o comportamento do mercado parece ter sido influenciado por novas notícias sobre o desempenho esperado da próxima safra (2024/25) e a atualização de dados sobre as condições climáticas nas principais regiões produtoras. Diante do contexto de incerteza vivenciado pelo mercado, essas notícias aumentam as percepções de risco associadas à oferta, pressionando os preços futuros.
Com relação ao clima, as chuvas seguem decepcionando nas principais regiões produtoras da Costa do Marfim. Ao final de 11/08, as precipitações acumuladas em 30 dias encontravam-se em apenas 30,2 mm – contra 74,9 na média dos últimos 10 anos. Em linha com o que vem sendo apontado nos relatórios anteriores da StoneX, o mercado tem passado a precificar o impacto da incerteza climática nas bolsas, o que poderá trazer implicações para a recuperação na safra 2024/25 (out- set)
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