Comentário semanal StoneX (22/08/2024)

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Cacau tem semana mais lenta após valorização na primeira semana de agosto

A última semana registrou movimentação negativa para os preços do cacau nos mercados futuros, refletindo uma tendência de reversão após os ganhos obtidos na semana anterior. Em Nova York, o contrato mais negociado (Dezembro/2024)
registrou uma desvalorização semanal de 4,1%, fechando o pregão de sexta-feira (16) a 7.087 USD/tonelada. Em Londres, o contrato equivalente encerrou a semana com queda de 4,8%, cotado a 5.386 GBP/tonelada.

Apesar do movimento baixista observado durante a semana, essa variação dificilmente pode ser atribuída a novas notícias que indiquem uma melhora nos fundamentos do mercado de cacau. A variação parece refletir, por outro lado, fatores técnicos relacionados à dinâmica dos mercados futuros, sobretudo movimentos de realização de lucros em resposta à forte valorização do produto na sexta-feira anterior (9). As preocupações com a disponibilidade do produto persistem, pelo menos até o início da próxima temporada de entregas (2024/25), que deve se intensificar a partir de outubro.

Do ponto de vista macroeconômico, o período não apresentou fatores significativos que justifiquem a tendência de baixa nas cotações do cacau. Outros mercados, no entanto, demonstraram um aumento no apetite por risco dos investidores globais,
impulsionado principalmente pela divulgação de indicadores mais sólidos da economia americana. Liderados pelo mercado acionário, tanto no Brasil quanto nos EUA, observou-se durante a semana ganhos expressivos em ativos de risco. Embora esse otimismo não tenha se refletido com a mesma intensidade nas commodities em geral, o cenário mais favorável sugere um potencial de recuperação de curto prazo nos preços dessa categoria.

Ainda como influência sobre o mercado, nesta temporada, os preços têm refletido um cenário de quebra de produção, impulsionada principalmente pelas condições desfavoráveis que afetaram o desenvolvimento da safra no Oeste Africano, principal região produtora. Segundo a última estimativa da ICCO, Organização Internacional do Cacau, a produção na Costa do Marfim nesta temporada (out-set) não deve ultrapassar as 1.800 mil toneladas, volume cerca de 21% inferior à média
das últimas cinco safras. Em Gana, segundo maior produtor global, a projeção mais recente indica uma produção em torno de 501 mil toneladas, representando uma queda de 58% frente à média dos últimos cinco anos.

Este é um trecho do Resumo Semanal de Cacau da Inteligência de Mercado da StoneX. Tenha a seu alcance análises, dados e tendências para o mercado de cacau utilizados por fabricantes de chocolate, indústrias de alimentos, produtores e traders. Acesse: mercadosagricolas.com.br/cacau/

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