A Costa do Marfim, o maior produtor de cacau do mundo, está enfrentando uma redução significativa nas chegadas de cacau aos seus portos durante a atual temporada. Até o dia 15 de setembro, o volume de grãos entregues nos portos somou 1,733 milhão de toneladas métricas desde o início da safra, em 1º de outubro de 2023. Esse número representa uma queda de 25,3% em comparação com o mesmo período da temporada anterior.
Segundo os exportadores, os dados da temporada passada, revisados recentemente, indicam que 2,320 milhões de toneladas de cacau haviam sido entregues aos portos no mesmo intervalo de tempo em 2022, ligeiramente abaixo da estimativa anterior de 2,327 milhões de toneladas.
Na semana entre 9 e 15 de setembro de 2024, aproximadamente 7.000 toneladas de cacau foram entregues no porto de Abidjan e 10.000 toneladas em San Pedro, totalizando 17.000 toneladas. Esse volume está consideravelmente acima das 6.000 toneladas registradas na mesma semana da temporada passada, sugerindo uma possível recuperação pontual nas entregas semanais, apesar da queda geral.
Essa diminuição significativa nas chegadas de cacau levanta preocupações entre os exportadores e outros envolvidos na cadeia de suprimentos do setor. Especialistas destacam que fatores climáticos adversos e questões logísticas podem estar contribuindo para essa redução, além de possíveis impactos econômicos e políticos.
A Costa do Marfim continua sendo um ator chave no mercado global de cacau, e a diminuição da produção pode afetar os preços internacionais da commodity, pressionando tanto os produtores quanto os compradores globais a se adaptarem à nova realidade da safra 2023/2024.
Fonte: mercadodocacau com informações reuters