Os preços dos futuros de cacau em Nova York registraram um aumento de mais de 10% , alcançando US$ 8.796 por tonelada, o maior nível em mais de três meses. O movimento foi impulsionado pela contínua queda nos estoques de cacau, que agora estão no nível mais baixo desde 2009 nos depósitos das bolsas dos EUA. Essa redução nos estoques precede o início da principal colheita na África Ocidental, prevista para começar em outubro, e levanta preocupações sobre o equilíbrio entre oferta e demanda global.
Mesmo com a aproximação da nova safra, analistas preveem que o mercado de cacau continuará apertado. A ADM Investor Services destacou, em nota recente, que o mercado ainda questiona se a próxima safra será capaz de compensar o déficit global de produção, que já se arrasta por três anos. A expectativa de apenas um pequeno superávit no ciclo 2024/25 contribui para essa incerteza. A escassez de grãos gerada pelas más colheitas na África Ocidental, uma das principais regiões produtoras, foi um dos grandes motores da turbulência no mercado global de cacau em 2023. Agora, o foco dos analistas e investidores se volta para o desempenho da safra 2024-25, que oficialmente terá início na próxima semana. Embora as previsões para a nova colheita sejam mais otimistas, com condições climáticas aparentemente favoráveis, essa melhoria ainda não será suficiente para equilibrar o mercado e reduzir a escassez de produtos a curto prazo.
Além disso, o clima seco nas regiões produtoras da África Ocidental, principal área de cultivo de cacau no mundo, está gerando dúvidas sobre o real desempenho da safra que está por vir. Os futuros de cacau em Londres também refletiram esse cenário, com uma alta de até 6,8%.
O mercado segue atento às condições climáticas e à capacidade das colheitas de aliviar a escassez global, o que manterá os preços sob pressão nos próximos meses.
Fonte: mercadodocacau
*com informações bloomberg
1 Comment
Poderia ser um pouco mais claro, não tem cacau para atender o consumo, os longos períodos de exploração dos produtores chegou ao fim. Se querem chocolate com saúde (de cacau), tem que remunerar decentemente os produtores, caso contrário podem se fartar de consumir chocolate batizado com gordura hidrogenada e bastante (oleo de palma), obviamente com a falta de cacau no processo a indústria já iniciou a substituição por óleo de palma, que também já subiu um pouco de preço. Rsrsrsr.