As chuvas intensas registradas nas principais regiões produtoras de cacau da Costa do Marfim têm alimentado otimismo entre os agricultores sobre uma produção maior na temporada que vai de outubro a março. A Costa do Marfim, maior produtora de cacau do mundo, vive atualmente sua estação chuvosa, que se estende de abril até meados de novembro.
Os agricultores afirmam que as condições climáticas, especialmente o aumento das chuvas, estão favorecendo o desenvolvimento das vagens de cacau, o que pode resultar em uma colheita mais abundante no próximo ano. “Estamos começando bem”, afirmou Innocent Adiane, agricultor da região leste de Abengourou. “Temos muitos grãos de cacau, mas precisamos de sol para secá-los adequadamente.”
Embora a maioria das regiões tenha registrado chuvas acima da média, trazendo perspectivas de alta produtividade, há preocupações quanto à qualidade dos grãos. O excesso de chuvas, combinado com o céu nublado, pode prejudicar o processo de secagem dos grãos, essencial para garantir sua qualidade. Essa preocupação foi ecoada por agricultores nas regiões do sul, como Agboville e Divo, que também enfrentaram chuvas intensas.
No oeste, na região de Soubre, a situação foi ainda mais complicada. Alguns agricultores relataram que o transbordamento de um rio inundou suas plantações, o que pode prejudicar a produção local. No entanto, a alta demanda por cacau de boa qualidade permanece, e compradores estão otimistas de que conseguirão cumprir seus contratos antes do prazo.
Enquanto isso, nas regiões centro-oeste de Daloa e central de Yamoussoukro, as chuvas foram ligeiramente abaixo da média, mas a produção continua promissora. Em Bongouanou, por exemplo, a precipitação foi superior ao esperado, o que elevou as expectativas dos agricultores para uma safra lucrativa. “Teremos muito dinheiro nesta temporada”, disse Julien Aka, agricultor da região. O preço definido para o cacau em 2024/25 está em 1.800 CFA por quilo, gerando otimismo entre os produtores locais.
Com temperaturas médias variando entre 24,2 e 26,9 graus Celsius, os agricultores da Costa do Marfim aguardam ansiosamente pela fase de colheita, enquanto monitoram de perto as condições climáticas para garantir que os grãos sejam colhidos e secos adequadamente, mantendo a qualidade necessária para atender à demanda do mercado.
Fonte: mercadodocacau com informações reuters