Em alta na abertura do pregão da bolsa de Nova York nesta sexta-feira (11/10), os contratos do cacau com vencimento para dezembro alcançam US$ 7.806 a tonelada, valorização expressiva, de 3,68%.
De acordo com análise de Leonardo Rossetti, da StoneX, indicadores têm mostrado desaceleração da demanda, diante dos preços mais altos deste ano, o que corroborou para que os derivados usados na indústria de chocolate fossem substituídos por estarem mais caros. Isso ainda afeta a volatilidade da amêndoa, somando-se às dúvidas climáticas que pairam sobre as safras de Costa do Marfim e Gana. Dessa forma, apesar de o panorama das próximas semanas se manter equilibrado, sem picos, na visão de Rossetti, o cacau ainda deve se comportar com variações pontuais.
No campo positivo também amanhecem os contratos com vencimento para março de 2025 de açúcar demerara, que valorizaram 2,21% após dias de queda, e estão custando 22,65 centavos de dólar por libra-peso.
O mercado considera a casa dos US$ 0,22 como estável para o açúcar, que deve continuar sobre pressão do clima nas safras de cana-de-açúcar nos países produtores, como Brasil e Índia, mas há expansão de área na Tailândia e compensação de volumes futuros. Por outro lado, o mercado está atento à oferta, pois o etanol derivado da cana rouba a cena e pode haver mais produção destinada ao biocombustível.
O algodão sobe esta manhã e os papéis com vencimento para março estão cotados a 72,99 centavos de dólar por libra-peso, alta de 0,56%. Sem mudanças nos fundamentos, o ajuste de mercado é técnico.
Único no campo negativo na abertura do pregão é o café arábica, cujos papéis de dezembro depreciaram 0,43% e estão cotados a US$ 2,5365 por libra-peso. A inversão da curva, já que na véspera o grão fechou em alta, é um sinal de realização de lucros por parte dos agentes de mercado, que estão negociando quase o dobro do que os contratos de segunda posição, com vencimento para março do ano que vem. A indústria de torrefação aproveita o arrefecimento dos preços, que ainda continuam em patamares altos, segundo analistas consultados pela reportagem, para adquirirem o arábica.
Há influência das cotações do robusta em Londres, que também fecharam em queda de 0,59% ontem.
Fonte: globo rural