O dólar mundialmente forte está pressionando os preços dos produtos agrícolas negociados nas bolsas de mercadorias, inclusive o cacau.

A Nestlé Índia reportou nesta quinta-feira um declínio de quase 9% no lucro trimestral, prejudicado pelos preços mais altos dos ingredientes e pela demanda mais fraca por seus alimentos embalados. O lucro antes de itens excepcionais e impostos foi de 10,21 bilhões de rúpias (US$ 121,51 milhões) no segundo trimestre encerrado em 30 de setembro.

Os fabricantes de bens de consumo, como a Nestlé, aumentaram os preços dos seus chocolates e café instantâneo nos últimos trimestres para acompanhar o aumento do custo das matérias-primas.

Condições climáticas desfavoráveis nos principais produtores de café e cacau, como o Brasil, o Vietnã e a Costa do Marfim, reduziram a oferta. Os preços altíssimos dessas commodities pesaram nas margens de lucro de grupos de alimentos embalados em todo o mundo, incluindo J.M. Smucker, e a chocolateira suíça Barry Callebaut.

No início do dia, a controladora Nestlé SA reduziu sua perspectiva de vendas para o ano inteiro em meio à demanda que também enfraqueceu.

Para a Nestlé Índia, que produz macarrão Maggi, chocolates KitKat e café Nescafé, as despesas trimestrais aumentaram 3,4%. A receita aumentou no ritmo mais lento em oito anos, aumentando 1,3%, para 51,04 bilhões de rúpias.