Cacau recua e café se ‘estabiliza’ em Nova York sob pressão da ‘Super Semana’

As soft commodities abrem esta segunda-feira (4/11) na bolsa de Nova York com queda nos contratos de cacau e açúcar e certa estabilidade para café e algodão. O mercado deve operar com cautela e conservadorismo, segundo analistas, sob pressão da “super semana”, com eleições nos Estados Unidos e, na quarta-feira (6/11), reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) para definir a política monetária.

Diante de incertezas da política norte-americana e a alta do dólar no final da última semana, os agentes de mercado vão com ‘menos apetite’ para as negociações a espera de definições mais concretas dos fundamentos. No caso dos lotes futuros do cacau, com vencimento para março de 2025, o recuo é de 1,77%, cotados a US$ 6.827 a tonelada.

Para o café arábica, os contratos mais negociados são os de primeira posição – com vencimento em dezembro – que abrem com estabilidade, oscilando para cima em 0,08%, precificados a US$ 2,4315 a libra-peso.

A queda mais brusca do mercado na semana passada foi suportada pelas chuvas no parque cafeeiro que, segundo o analista Marcus Magalhães, ainda são de volume pluviométrico inferior ao que se esperava. Segundo o sócio-fundador da consultoria MM Café, novembro deve ser um mês de precipitações, porém, pouco intensas, o que movimentará a curva de negociações do grão no mercado internacional.

No mercado doméstico, os preços não oscilam muito, se mantendo no patamar dos R$ 1.400 a saca, em alguns casos até mais devido à taxa cambial.

“A semana será marcada por conservadorismo no mercado, processo de consolidação, e acomodação das commodities pelas incertezas com os resultados das eleições dos EUA”, afirma Magalhães, que vê influência recaindo para todas as commodities.

O açúcar demerara com vencimento para março do próximo ano retrai 0,23% na abertura do pregão Nova York, operando a 22,02 centavos de dólar por libra-peso. Sem fortes mudanças, o algodão sobe 0,53%, com os papéis de mesmo prazo precificados a 70,54 centavos de dólar por libra-peso.

Fonte: Globo Rural

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