Barry Callebaut confirma 170 demissões na Bélgica

A Barry Callebaut, gigante suíça do setor de chocolate, anunciou a redução significativa no número de cortes de empregos planejados na Bélgica. Originalmente, a empresa havia previsto a demissão de 478 funcionários, mas, após dez meses de intensas negociações com sindicatos, o número foi reduzido para cerca de 170, informou a agência AWP.

Fábrica de Halle como exemplo de negociação bem-sucedida

Na fábrica de Halle, o impacto das demissões foi minimizado de forma impressionante: de 178 cortes planejados, apenas 18 ocorrerão. Essa conquista foi atribuída aos esforços contínuos da Confederação Sindical Cristã (CSC). Segundo Abdelhafid El Kadi, sindicalista da CSC, a Barry Callebaut também se comprometeu a investir 55 milhões de francos suíços na unidade de Halle, sinalizando um compromisso com a modernização e a manutenção da operação local.

Impacto em Wieze e Lokeren

Em outras localidades belgas, como Wieze e Lokeren, cerca de 150 empregos serão eliminados, representando uma redução pela metade em relação ao número inicialmente previsto. Hans Christiaens, secretário do sindicato SETCa para Bruxelas-Halle-Vilvoorde, destacou que, embora os cortes ainda sejam substanciais, os esforços sindicais ajudaram a proteger muitos postos de trabalho.

Contexto global dos cortes de empregos

A Barry Callebaut está implementando um programa global de economia, que inclui o fechamento de várias fábricas em países como Alemanha, França, Polônia, Holanda e Malásia. Esses fechamentos já foram finalizados, de acordo com um porta-voz da empresa. Entretanto, discussões ainda estão em andamento com os parceiros sociais sobre o futuro da fábrica em Intra, na Itália.

Em uma entrevista ao jornal alemão Handelsblatt, o CEO da Barry Callebaut mencionou que a empresa pode cortar até 2.500 empregos globalmente como parte de sua reestruturação.

Desafios e perspectivas

Embora os cortes de empregos sejam um reflexo das condições econômicas desafiadoras e da necessidade de redução de custos, os sindicatos belgas consideram as reduções um sinal de que o diálogo social pode gerar resultados significativos. A promessa de investimentos na fábrica de Halle também sugere que a Barry Callebaut está comprometida em preservar sua competitividade na região, mesmo em tempos difíceis.

Com a continuação das negociações e a adaptação a novas realidades de mercado, o impacto final sobre os trabalhadores e as comunidades locais permanece em foco.

Fonte: mercadodocacau com informações bloomberg

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