Os contratos futuros do cacau subiram nesta manhã acima de US$ 12 mil por tonelada em Nova York, atingindo um novo recorde em meio às crescentes preocupações com a redução da produção do principal produtor, a Costa do Marfim.
O contrato mais ativo subiu 3,5%, para US$ 12.224 (08:45 Brasília) a tonelada. Lembre-se que no mês de abril, o contrato de dezembro atingiu a máxima de $12.261/ton. Os futuros quase triplicaram este ano, uma vez que as fracas colheitas na África Ocidental contribuíram para o pior déficit de todos os tempos e forçaram as empresas a utilizar suas reservas.
Os receios sobre uma colheita mais fraca do que o esperado na atual safra da Costa do Marfim renovaram as preocupações com a oferta. A produção no país, que representa mais de um terço da produção global, deverá atingir 1,9 milhões de toneladas na temporada 2024-25, de acordo com uma média de oito estimativas de analistas e comerciantes compiladas pela Bloomberg. Isso representa uma queda de quase 10% em relação à previsão do governo de cerca de 2,1 a 2,2 milhões de toneladas perto do início da temporada, em outubro. Uma colheita pior complicará os esforços para reconstruir os estoques que estão em constante queda. Os estoques certificados nos armazéns da bolsa de NY estão em 1.405.308 sacas, nível mais baixo dos últimos 20 anos.
A baixa liquidez também está a contribuir para movimentos exagerados de preços, com os contratos em aberto perto do nível mais baixo numa década.