Mercado de Commodities: Oscilações e Expectativas para o Cacau e o Dólar

Por: Claudemir Zafalon

O contrato futuro de maio apresentou oscilação entre US$ 10.198 e US$ 10.414 na última sessão, encerrando o dia cotado a US$ 10.267 por tonelada. Durante o pregão, foram negociados 9.534 contratos, enquanto o volume total atingiu 21.138 contratos. O interesse em aberto permaneceu estável em 117.989 contratos.

Dados da Intercontinental Exchange (ICE) indicam que os estoques certificados monitorados nos portos dos Estados Unidos somam 1.403.993 sacas.

Expectativas para o Mercado

A liquidação por entregas físicas do contrato de março terá início na próxima segunda-feira. Dessa forma, após a recente desvalorização, espera-se um alívio na pressão vendedora do mercado.

Tecnicamente, a resistência para o contrato está em US$ 10.410 e na média móvel de 40 dias, situada em US$ 10.600. Já os níveis de suporte encontram-se em US$ 10.200 e US$ 10.000.

Enquanto isso, o contrato futuro do dólar com vencimento em 28 de fevereiro, negociado na Bolsa de Chicago, manteve estabilidade, sendo cotado a R$ 5,712.

Safra de Cacau da Costa do Marfim e as Vendas Futuras

O regulador do setor de cacau da Costa do Marfim, Conseil du Cafe-Cacao, iniciou no mês passado as vendas para a safra 2025/26, que começa em outubro. Apesar do cronograma estar dentro do padrão, as vendas futuras continuam lentas, atingindo menos de 200.000 toneladas desde o início do mês. Em comparação, no mesmo período do ano passado, o volume negociado foi pelo menos quatro vezes maior.

A principal razão para essa desaceleração é a alta dos preços dos contratos futuros. Como resposta, a Intercontinental Exchange Inc. elevou as margens exigidas para os traders que fazem hedge de participações físicas, fixando o valor em US$ 14.564 por contrato. Esse aumento de custo pode estar limitando a capacidade de negociação de grandes volumes antecipadamente.

A Costa do Marfim, maior produtora mundial de cacau, regula rigorosamente os preços pagos aos agricultores e as vendas da safra. Normalmente, a maior parte da colheita é comercializada meses antes do início da estação, com exportadores adquirindo uma parcela significativa da safra principal. Já a safra intermediária, de menor volume e prevista para abril, é direcionada prioritariamente aos processadores locais.

Com as atuais dinâmicas do mercado, observa-se um cenário de incerteza para os próximos meses, com impactos diretos na formação de preços e na liquidez dos contratos futuros de cacau.

Fonte: mercadodocacau

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