O presidente de Gana, John Dramani Mahama, revelou que o país sofrerá uma perda significativa no setor de cacau devido à prorrogação de contratos da safra 2023/2024. Segundo Mahama, para cada tonelada de cacau entregue em 2025 sob esses contratos, o Conselho de Cacau de Gana (COCOBOD) e os agricultores locais perderão US$ 4.000 em receita.
A crise surgiu porque a COCOBOD não conseguiu fornecer 333.767 toneladas métricas de cacau que já haviam sido vendidas a um preço de US$ 2.600 por tonelada. Como resultado, esses contratos foram postergados para a temporada 2024/2025, o que causou uma queda expressiva na receita do setor.
Mahama destacou que essa situação agrava ainda mais os problemas financeiros do país. Atualmente, a dívida pública de Gana chega a impressionantes GHS 721 bilhões. Empresas estatais também enfrentam dificuldades, incluindo a Companhia de Eletricidade de Gana (ECG), que deve 68 bilhões de GHS.
O COCOBOD, fundamental para a economia ganense, também está altamente endividado. Seu balanço patrimonial indica um débito total de GHS 32,5 bilhões, dos quais GHS 9,7 bilhões devem ser quitados até setembro de 2025.
Diante desse cenário, o presidente Mahama afirmou que seu governo trabalhará para reestruturar as operações da COCOBOD e garantir que os agricultores de cacau de Gana não sejam ainda mais prejudicados pela má administração financeira do setor.
Fonte: mercadodocacau com informações modernghana