Chocolates podem ‘trocar’ o cacau por nova tecnologia brasileira

Com a indústria do chocolate enfrentando um cenário de crise por conta do alto custo do cacau, a produção do fruto tem lidado com problemas como pragas, impactos climáticos e tensões sanitárias na África, que concentra a maior parte dessas plantações. Só que um novo estudo pretende substituir o uso do cacau na produção do chocolate.

Realizada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), foi desenvolvida uma patente da Composição Alimentícia de Chocolate com Reaproveitamento de Resíduos Agroindustriais.

Como funciona?

Ao Jornal da USP, a docente da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, Suzana Lannes, explicou que é usada uma formulação de subprodutos agroindustriais para desenvolver uma formulação em pó que substitui o cacau em pó e o liquor de cacau tradicionais.

Segundo ela, a nova composição conta com compostos bioativos, fenólicos, flavonoides, fibras, lipídios nutricionais, proteínas e carboidratos, além da alta capacidade antioxidante.

Diferenciais

Mesmo que existam no mercado alguns produtos semelhantes ao cacau, a tecnologia da USP promete ir muito além de uma simples substituição. De acordo com Suzana, o produto agregará valor nutricional e promoverá maior sustentabilidade, ao utilizar subprodutos agroindustriais que seriam descartados.

Além disso, um dos grandes diferenciais está na elevação do teor de fibras, prebióticos e outros nutrientes, além da capacidade antioxidante da formulação. Sua fórmula é voltada especialmente para a indústria alimentícia e chocolateira, que procura alternativas sustentáveis diante das incertezas do mercado do cacau.

A tecnologia permitirá que sejam feitos chocolates e derivados com características semelhantes às tradicionais, mas com mais benefícios nutricionais e menor impacto ambiental.

Município brasileiro responsável por 25% do cacau

Ao longo do último ano, Poços de Caldas faturou US$ 41 milhões com a produção de chocolate, tornando o setor ainda mais relevante para a economia local. E a alcunha faz jus à realidade: o município foi responsável por 25% da produção de chocolate no mercado brasileiro.

A fama ultrapassou fronteiras e conecta o povo e o trabalho da cidade ao mundo.

Hoje, mais de dez países compõem a lista de clientes internacionais do município. O principal parceiro comercial é a Argentina, que sozinha responde por US$ 18 milhões do faturamento.

Fonte: diariodolitoral

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3 Comments

  1. Essa estratégia da indústria vai falhar completamente.
    Soa ridículo dizer que o cacau será substituído.
    Chocolate sem cacau não será nunca chocolate.
    O que estão criando é um novo doce.
    Algo como: “Uspilate”

  2. Douglas Gomes disse:

    Não chamando de chocolate, td certo!
    Pode chamar de chocofake, por exemplo!

  3. Kiara disse:

    Meu Deus, como vou saber se estou comprando cacau em pó de verdade ou cacau imitação? Quero comprar cacau em pó 100%cacau e verdadeiro e orgânico, ao pesquisar se era possivel ter transgênicos no cacau. Encontrei essa matéria aqui e fiquei triste em ver que existe uma tal praga vassoura de bruxa que está fazendo com que modifiquem as plantações e até mesmo fabricarem substitutos para o cacau. Tô fora de substituto, quero o grão verdadeiro.

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