Por: Claudemir Zafalon
Os mercados de ações abriram a semana em tom positivo nesta segunda-feira (11), impulsionados pela ausência de eventos imediatos e pela expectativa de três importantes marcos que irão definir o rumo dos ativos nos próximos dias: o relatório de inflação ao consumidor dos EUA, na terça-feira; o prazo final para negociações comerciais entre Estados Unidos e China; e a cúpula EUA–Rússia, marcada para sexta-feira, no Alasca.
O “Dia das Tarifas” da semana passada passou sem causar fortes movimentos no mercado. Agora, as atenções se voltam para o prazo de amanhã, que pode redefinir as relações comerciais entre EUA e China. O presidente Donald Trump avalia se prorroga a trégua atual ou se permite que as tarifas voltem a subir para níveis de três dígitos. No domingo, Trump pressionou Pequim a quadruplicar suas compras de soja, o que impulsionou os preços do grão em Chicago. Em movimento incomum, empresas como Nvidia e AMD teriam concordado em repassar 15% da receita obtida com vendas de chips avançados de IA ao governo americano, quando destinadas à China.
No mercado de commodities agrícolas, o cacau mantém sua escalada de valorização, acompanhando o forte desempenho de outros produtos do setor. A alta é sustentada pelo rompimento de importantes resistências técnicas na última semana, pelo alívio das pressões tarifárias e pela contínua redução dos estoques certificados.
Na sexta-feira (8), o contrato de dezembro oscilou entre US$ 7.952 e US$ 8.199 por tonelada, encerrando o dia a US$ 7.978/t, com recuo de US$ 83. Foram negociados 15.135 contratos no dezembro e um volume total de 35.151 lotes, enquanto o interesse em aberto registrou leve alta para 98.140 contratos.
O relatório do CFTC indicou que, entre 29 de julho e 5 de agosto, os fundos adicionaram apenas 171 contratos à posição comprada líquida, totalizando agora 10.785 contratos. Já os estoques certificados nos portos dos EUA, monitorados pela ICE, caíram novamente – desta vez em 13.074 sacas – somando 2.270.713 sacas.
No câmbio, o contrato futuro de real/dólar para setembro, com vencimento em 30 de agosto, opera estável, cotado a R$ 5,465.
Fonte: mercadodocacau