Denominada por seus habitantes como a “Princesinha do Sul”, Ilhéus é conhecida por ambientar os romances de Jorge Amado e é considerada a capital do cacau. O município já foi o primeiro produtor de cacau do mundo, mas depois da praga conhecida como vassoura-de-bruxa, que infestou as plantações, reduziu consideravelmente a sua produção. 

Hoje, uma das alternativas encontradas para agregar valor ao produto e, assim, aumentar a renda é a industrialização do cacau. “O cacau representa ainda hoje uma parcela muito forte da nossa economia. Só que com o decréscimo da produção tivemos que buscar outros meios para valorizar o produto e isso passa pela industrialização do cacau. Hoje essa é uma preocupação não só do produtor, mas também de instituições como a Secretaria de Agricultura do município, Sebrae, Ceplac e outros”, afirma Sebastião Vivas, secretário de Agricultura e Pesca de Ilhéus (SEAP).

Apesar de não haver um projeto específico voltado para a cultura do cacau no município, Vivas destaca que a SEAP tem apoiado o setor, disponibilizando tecnologia e assistência técnica. “A gente procura, junto com os parceiros, ajudar justamente nessa industrialização. De que forma podemos estar juntos, seja com investimentos, tecnologia, assistência técnica e, com isso, trazer maiores proveitos financeiros para os produtores. Também procuramos juntar os produtores de cacau em associações, cooperativas, mas visando o mesmo processo, que é agregar valor”.

Agricultura familiar

Outro ponto que vem sendo fortalecido em Ilhéus é a agricultura familiar. Através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), cerca de 62 produtores rurais já entregam seus produtos diretamente na Secretaria. Até o fim do ano, a meta é alcançar 300 agricultores.  “No PAA compramos não só produtos da agricultura, mas também da pesca. E os preços são acima da média de mercado, que é justamente para valorizar o agricultor e o pescador do nosso município”, finaliza Sebastião Vivas.

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Fonte: Mercado do Cacau