O Tricovab é um fungicida microbiológico que tem como princípio ativo o fungo benéfico Tricodherma stromaticum. Ele controla o fungo maléfico causador da vassoura-de-bruxa, o Moniliophtora perniciosa, reduzindo seu poder de reprodução e disseminação. Seu uso correto, associado com os demais procedimentos de manejo integrado, pode ajudar o produtor a obter melhores resultados no controle da doença e retornar a uma produção lucrativa.
Em entrevista ao Mercado do Cacau, o engenheiro agrônomo e pesquisador Dr. João de Cássia do Bomfim Costa afirmou que o produto é o primeiro biofungicida para o controle da vassoura de bruxa no mundo e foi desenvolvido por brasileiros. “A gente consegue diminuir a aplicação dos químicos, minimizando o impacto ambiental. É uma linha que a Ceplac pode e deve, nos próximos anos, desenvolver outros trabalhos, principalmente na área de formulação desses agentes de biocontrole e promover também melhores tecnologias de aplicação do produto”, conta.
Ainda segundo o pesquisador, o Tricovab deve ser aplicado na lavoura através de um pulverizador costal manual. O produtor deve diluir 2kg do Tricovab em 320 litros de água, coar a calda – pois ele é produzido em arroz, o que pode causar o entupimento do bico do pulverizador – e em seguida aplicar nas vassouras retiradas através da poda fitossanitária. “O que sobra depois da coagem pode ser jogado a lanço nos casqueiros e isso poderá colaborar na instalação do fungo benéfico”, completa.
João de Cássia lembra também que aplicação deve ser feita nos meses de maio a agosto, quando a temperatura da região está mais baixa e a umidade relativa do ar mais alta, e que o produto deve ser conservado num ambiente com temperatura entre cinco a 10 graus. Para que sejam obtidos os melhores resultados no controle biológico da vassoura-de-bruxa, os produtores deverão seguir as orientações de manejo.
O Tricovab é disponibilizado em uma embalagem biodegradável, com uma bula contendo instruções de aplicação. Ele pode ser adquirido por meio dos escritórios locais da Ceplac, que encaminharão os pedidos do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec).
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Fonte: Mercado do Cacau