Bahia registra bovinos infectados por tripanossomose

A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), por meio do Laboratório de Sanidade Animal (Ladesa), identificou pela primeira vez no Estado o hematozoário Trypanossoma vivax, responsável por perdas econômicas e de produtividade.

As amostras de sangue examinadas são procedentes de bovinos leiteiros da raça holandesa e mestiços de propriedade situada no município de Ibirataia, localizado na região sul da Bahia.

– O Trypanossoma vivax é transmitido mecanicamente por insetos hematófagos (moscas), instrumentos, utensílios e compartilhamento de agulhas – esclarece o responsável pelo Ladesa, Jorge Ribas.

 

O médico veterinário e fiscal estadual agropecuário informa também os sintomas causados pela tripanossomose: febre, anorexia, letargia, anemia, emaciação progressiva, queda da produção de leite, natimortos e repetição de cio.

 

– Na fase aguda é caracterizada por hemorragia, lacrimejamento e diarreia, podendo levar à morte em cinco dias – completa.

 

A presença deste hematozoário foi confirmada através de técnica de esfregaço sanguíneo. O diretor de Defesa Sanitária Animal da Adab, Rui Leal, ressalta a importância de identificar o protozoário para o setor agropecuário por gerar grandes perdas na produtividade dos animais, levando-os à morte quando não tratados, por falta de diagnóstico.

 

Recentemente um surto da doença foi identificado em Minas Gerais causando a morte de mais 300 vacas leiteiras e o principal agente causador seria a compartilhamento de seringas e agulhas, que produtores têm utilizado diversas vezes nos animais para a aplicação de "ocitocina" – hormônio que estimula a produção de leite -, contribuindo para a disseminação do protozoário de vaca para vaca.

 

O diretor geral Paulo Emílio Torres esclarece que a ADAB vai realizar trabalho educativo juntos aos produtores para que utilizem boas práticas sanitárias e adotem medidas de combate aos vetores, além de não compartilhar seringas e agulhas com outros animais, utilizando sempre produtos descartáveis. Fonte: Canal Rural

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