O mês de janeiro chega ao fim com chuvas abaixo da média no interior do Nordeste, situação que penaliza as lavouras de soja, milho e algodão do oeste da Bahia, sul do Piauí e sul do Maranhão. A umidade do solo varia entre 40% e 60% nas principais áreas produtoras dos três estados e segundo o agrometeorologista da Somar Meteorologia, a chuva dos últimos dias melhora a situação, mas as perdas que já foram registradas são irreversíveis.
Pelo menos, para os próximos três meses as chuvas ficarão acima da média na região, o que pode salvar a produtividade das lavouras. Esse mês termina com um desvio negativo de chuva de 200mm no oeste da Bahia, sul, oeste e norte do Piauí e em boa parte do Maranhão. “Nos primeiros cinco dias de fevereiro, a chuva será mais intensa no sul da Bahia e centro e norte do Maranhão e do Piauí”, explica o meteorologista Celso Oliveira.
Além disso, essa região produtora terá mais dois períodos de chuva forte em fevereiro: dos dias 5 a 15 e entre 20 e 28. Em março, a chuva alcança seu ápice, com destaque para a primeira quinzena, esse período será marcado por dias fechados e úmidos no oeste e norte da Bahia e centro e sul do Maranhão e do Piauí. Já na segunda quinzena, a chuva perde um pouco de força, mas mesmo assim, ainda será significativa nessas áreas.
O que traz chuva para o Nordeste?
O trimestre fevereiro/março/abril é caracterizado por chuvas geradas pela Zona de Convergência Intertropical, que migra pela costa norte do Nordeste, e por frentes frias, que estacionam sobre o Sudeste canalizando a umidade da Amazônia sobre o oeste da região. Fonte: Jornal do Tempo – Somar