Cresce comercialização da agricultura familiar

O ano de 2014 registrou rendimentos recordes para o produtor de orgânicos Manoel Souza. Ele começou sua produção de hortifrutis orgânicos há três anos. No ano passado, os rendimentos da produção chegaram a R$ 30 mil. Como ele, muitos outros agricultores familiares tiveram um ano positivo. Parte do sucesso é creditado à redução na burocracia nos programas do governo federal dedicados a este segmento.

– Esse foi um ano mais produtivo, tudo que produziu vendeu, não tivemos quase perdas e quem teve a oportunidade de vender para governo ainda teve uma entrega a mais – conta o agricultor.

No ano passado, Manoel Souza produziu oito toneladas de hortaliças, frutas e legumes em uma área de dois hectares. Até 2016 ele quer que a produção suba para 30 toneladas ao ano. Para isso, ele conta com políticas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

 

Somente em 2014 foram comercializados R$ 338 milhões, 51% a mais do que o valor negociado em 2013. Quase a metade dos alimentos foi destinada à instituições de assistência social, como creches e asilos. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) esclarece que o aumento nas negociações em 2014 teve relação com um ajuste nas regras do programa, que o tornou menos burocrático.

 

– O programa traz várias vantagens. Ele garante ao agricultor familiar que participa do PAA um limite financeiro de comercialização durante um ano que é de até R$ 6,5 mil, portanto é uma renda assegurada. Outro ponto importante é que ele ativa a rede local de comercialização, os produtos não precisam circular por longas distâncias, o que permite aos agricultores familiares estabeleceram relações com a rede de entidades, escolas e outros destinos do PAA – aponta o diretor de política agrícola da Conab, João Marcelo Intini.

 

O acesso ao crédito também foi facilitado para os produtores que participam do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Há cerca de dois anos, instituições financeiras do país aceitam a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) como forma de cadastro para liberação de recursos para custeio e investimento. O documento é gratuito e pode ser obtido em sindicatos rurais ou em empresas públicas de extensão rural. De julho a dezembro de 2014 foram aplicados R$ 15,2 bilhões na agropecuária, através do Pronaf, uma 23% em relação ao que foi contratado no mesmo período na safra 2013/2014.

 

– Com a DAP, o agricultor abre as portas do financiamento em todos esses agentes financeiros. É um documento de muita fé, muita credibilidade, porque é feito com bases técnicas. Os bancos e cooperativas conhecem melhor os agricultores, há uma relação de reciprocidade. E os agricultores honram seus pagamentos – aponta o diretor de financiamento da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, João Luiz Guadagnin. Fonte: Canal Rural

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