Esta vinda expressiva de produtoras ao Chocolat Festival (@chocolat_festival) trouxe não apenas seus produtos, mas também a representatividade feminina para o evento com o propósito de promover e impulsionar o que há de melhor no cacau e chocolate produzidos por elas em território paraense.
Embora as mulheres sempre tenham desempenhado papéis ativos nas atividades produtivas, segundo Giovana Luneli da “Cacau Xingú”, uma das produtoras participantes do evento e membro do Sindicato dos Produtores de Cacau da região, diz que sentia falta de um espaço para troca de informações e interação com o público.
“Buscávamos um espaço para divulgar nossas lavouras e regiões. Fazer o nosso cacau da Amazônia, do Xingu, chegar a grandes cidades como São Paulo parecia um sonho distante. Estar aqui hoje nos deixa muito felizes, algo que o cacau pode nos proporcionar,” afirma ela.
Além das amêndoas, produto principal, os representantes paraenses trouxeram para o festival diversos derivados do cacau, como chocolates, licores, nibs, compotas, bombons, moda, entre outros, visando a comercialização no maior mercado consumidor de chocolates do país, o Estado de São Paulo.
Os produtos das mulheres ribeirinhas, que cultivam e transformam o cacau paraense de maneira altamente sustentável devido ao seu forte vínculo com a natureza, também podem ser conhecidos durante a feira de chocolate e cacau do Chocolat Festival. Elene Elda Menezes, do município de Barcarena, cultiva e produz o cacau orgânico “Arauaia”, além de outros produtos como o açaí e o cupuaçu.
“Como o cultivo do cacau é bem próximo do rio, a maré invade a plantação, e o chocolate absorve o sabor da maré,” explica Elene, que trabalha com a família no cultivo há 11 anos e faz a estreia da marca em São Paulo.
Valdirena da Cunha, do grupo “Guardiãs do Cacau” representando o município de Acará com o chocolate nativo da Amazônia “Acaráçu”, participa pela primeira vez do evento.
“Somos oito mulheres em Acará e sempre escolhemos uma delas para participar do evento. Desta vez, felizmente, eu vim e estou gostando muito da experiência. Já quero participar do próximo,” diz animada.
Tomires Athayde é outro dos produtores do nordeste do Pará, produtor da marca Tolú, que fabrica o chocolate orgânico – apenas açúcar e cacau – e outros produtos provenientes do cacau. Ele e a mulher cultivam e produzem amêndoas há cinco anos em Igarapé-Açu, mas só desde julho iniciaram a confecção de chocolate em barra. A esposa, Luciana, não pode vir porque ganhou o prêmio do Sebrae “Mulher de Negócios” na categoria de produtora rural e, no próximo dia 05 de dezembro, concorre na final nacional da premiação.
A participação dos produtores paraenses recebe o aporte financeiro do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Estado do Pará (Funcacau) que, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca (Sedap), arca com as despesas de transporte, hospedagem e alimentação. Nesta edição, o Funcacau levou para o evento o maior número de produtores fora do Estado.
A organização do Chocolat Festival São Paulo 2023 é da MVU Empreendimentos/Grupo M21, detentora da marca para o Brasil e o exterior. Os parceiros do evento são o Governo do Estado do Pará; FUNCACAU; Governo do Estado da Bahia; Governo do Estado de São Paulo; CEPLAC e Ministério da Agricultura e Pecuária do Governo Federal.
Serviço
Data: 30 de novembro a 3 de dezembro
Horários: No dia 30, das 14h às 22h, nos dias 1 e 2, das 14h às 22h e no dia 3, das 14h às 21h
Endereço: Centro de Eventos São Luís, na Rua Luís Coelho, 323 – Consolação, São Paulo
Entradas: A entrada custa R$ 20, inteira, e R$ 10, a meia-entrada.
Fonte:Revista Menu