Tecnologia, inovação e digitalização são conceitos cada vez mais presentes na cadeia de suprimentos, que ao longo dos últimos 30 anos sofreu importantes mudanças. Basicamente, a gestão da cadeia de suprimentos possibilita que as operações sejam integradas, desde os fornecedores até os consumidores e, sobretudo, que as decisões sobre custo, estoque e atendimento ao cliente sejam tomadas de uma perspectiva de ponta a ponta, e não isoladamente por função, por exemplo. Isto é, a digitalização cria disrupção, exigindo, assim, que as empresas repensem o modo como desenham sua respectiva cadeia de suprimentos. Inclusive, um estudo da Markets and Markets Research, apontou que, em 2022, o mercado global de SCM (Supply Chain Management) movimentou, aproximadamente, US$28,9 bilhões. E a tendência é a geração de US$45,7 bilhões em receitas para o segmento até o final de 2027, representando uma taxa de crescimento anual de 9,4%. Para Alvaro Loyola, Country Manager da Drivin Brasil, scale-up que automatiza os processos logísticos das empresas em todo o comércio global, o gerenciamento de Supply Chain quando bem executado, traz diminuição de custos, aumento de eficiência dos processos e, principalmente, dados importantes para o planejamento e escalonamento das organizações locais e multinacionais. Considerando as demandas, sazonalidades, planejamento estratégico, rotas, entregas, inclusive o compromisso com sustentabilidade, milhares de informações são geradas o tempo todo, capazes de tornar as operações ainda mais eficientes. Pensando nisso, Loyola destaca abaixo algumas tendências do setor de bens de consumo para 2024. Confira: 1. Expectativas dos clientes Não é segredo para ninguém que o setor de tecnologia da informação movimentou a cadeia de suprimentos, a fim de oferecer soluções cada vez mais direcionadas, que promovem entregas personalizadas e organizadas, ao passo que as expectativas e exigências dos clientes em relação às marcas tendem a aumentar dia após dia. Responsabilidade social corporativa, sustentabilidade, conveniência e transparência são inegociáveis, uma vez que o serviço e a experiência do cliente se tornaram centrais na estratégia das organizações. O omnichannel conecta o físico ao digital e vice-versa, tornando a experiência de compra única. 2. Self-Checkout O self-checkout funciona como um caixa de autoatendimento. Logo, possui a capacidade de realizar o controle de vendas e, consequentemente, do pagamento das compras dos clientes. Por meio dele, o próprio consumidor conduz as operações de forma prática e fácil. As caixas inteligentes e self-services aceleram o check-out e, por consequência, o sell-out. A equipe destinada para essa função precisa se reinventar para agilizar reposição e suporte logístico. Inclusive, a agilidade, aliada a praticidade conquistada pelos caixas de autoatendimento, promovem maior comodidade para o cliente, além de reduzirem o tempo de espera das incômodas filas. Hoje, o consumo não se resume somente à compra propriamente dita, mas sim à forma como ela acontece e à vivência que proporciona. Nesse sentido, o self-checkout representa para o consumidor uma nova experiência, seja por praticidade, curiosidade ou privacidade. 3. Tecnologia Cloud A nuvem garante para o setor de CPG (Consumer Packaged Goods – Bens de Consumo Embalados) a opção de alavancar inúmeras tecnologias recentes, possibilitando escalabilidade e consistência nos KPI’s de forma regional. A partir dela, as marcas oferecem serviços melhores tanto para os consumidores quanto para as lojas de varejo. Inclusive, a nuvem aumenta a segurança dos dados empresariais e de seus clientes. 4. Plano de Território de Vendas A IA aplicada na Logística está sendo aproveitada para a reengenharia de territórios de venda, trazendo estratégia e inteligência de negócio na preparação das estratégias comerciais, a fim de aumentar vendas e distribuição física nas categorias de bens de consumo. Com os insights orientados por dados sobre territórios, é possível aprimorar o desempenho e avaliar os pontos fortes e fracos. Isto possibilita decisões mais estratégicas. A tendência é utilizar cada vez mais tecnologia aplicada à logística para planejar as rotas de venda. Inclusive, na etapa de planejamento, a inteligência artificial é capaz de analisar perfis de clientes, frequência de visitas, sell-out e inclusive as condições do trânsito para definir o caminho mais eficiente por parte dos vendedores, por exemplo. Fonte:VCRP Brasil |