Há três mil anos, os astecas descobriram um dos doces mais cobiçados do mundo. Na Europa, ele foi aprimorado e chegou ao gostinho que nós conhecemos e apreciamos atualmente: o chocolate. Aqui no Brasil, a iguaria também é muito popular. De acordo com dados da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), o país é o terceiro maior consumidor e produtor do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos e Alemanha.
Uma fábrica localizada em Itapevi (SP), que promete fazer oito milhões de ovos para a Páscoa deste ano. O processo começa em um laboratório que testa e cria novas ideias e sabores para chegar aos produtos. A massa do cacau, o leite, o açúcar e a manteiga são os principais ingredientes para a fabricação dos ovos.
Depois disso, a mistura circula em outro equipamento para a quebra de partículas dos ingredientes e para dar firmeza ao chocolate em uma etapa chamada de refino.
Na sequência, o chocolate é estocado em um tanque que armazena até 30 toneladas do material. O tanque também é responsável pela distribuição do chocolate. Em cada linha de produção, acontece a ‘temperagem’, que nada mais é que o choque térmico e ajuste da temperatura do chocolate de 45º C para 29º C. Só depois dessa etapa que os recheios, aromas e agregados (como castanhas, biscoitos e crocantes) são adicionados ao produto.
Ao fim da moldagem, os ovos passam por uma refrigeração, são desenformados e, por fim, embalados. “O processo inteiro dura 14 horas”, revela o coordenador industrial da Cacau Show, Adilson de Almeida Júnior.
Segundo ele, a produção para a Páscoa, contando com os ovos de chocolate, chega a 7,9 mil toneladas.
Tudo começou na Páscoa
A fábrica de chocolate em Itapevi (SP), contratou 360 funcionários para a Páscoa. De acordo com a companhia, 30% dos trabalhadores costumam ser efetivados após o período de maior produção. Denilda Damázio, que começou na empresa há dez anos, é um exemplo disso. Ela teve a primeira oportunidade durante Páscoa. “Eu comecei embrulhando os ovos de chocolate”, lembra.
Denilda teve a chance de permanecer na empresa quando descobriram que ela tinha uma letra bonita. “Queriam testar uma plaquinha de chocolate com uma mensagem, escrita a mão com mais chocolate”, explica. A produção da “chocoarte”, como é chamada a plaquinha, cresceu e Denilda chegou a fazer mil tabletes por dia para suprir a demanda. Hoje, uma máquina comprada pela empresa copia a letra da funcionária e faz, em série, três milhões de unidades por mês. Fonte: Bol