O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresceu 1,09% no primeiro bimestre deste ano frente o mesmo período do ano passado. É o que aponta o indicador mensal calculado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP).
Entre os principais elos da cadeia produtiva do setor, todos registraram expansão no período: a indústria teve alta de 1,24% nesse mesma base de comparação, enquanto o setor primário teve incremento de 1,13%, o de serviços subiu 1,09% e insumos, 0,68%.
O resultado do PIB do setor foi puxado pela cadeia agrícola, que teve crescimento de 1,62% no bimestre. Neste segmento, a produção primária respondeu por uma alta de 2,1% no bimestre. Ainda nesse período, os setores de serviços, indústria e insumos da produção vegetal subiram 1,63%, 1,45% e 1,09%, respectivamente. Já o desempenho da pecuária, de modo geral, foi negativo, com queda de 0,06% nos primeiros dois meses do ano.
Quanto à produção primária (“dentro da porteira”), as entidades ressaltam que a agricultura se destacou “em razão da alta dos preços, que variaram de 12,56% na comparação bimestral 2016/2015”. Uma das culturas que mais se beneficiou com este cenário foi o algodão, com elevação de 33,27% nos preços nos primeiros dois meses de 2016, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Outras culturas que devem ter receita maior este ano no segmento primário são: banana (12,48%), cacau (21,5%), café (10,86%), cana (7,12%), feijão (7,29%), laranja (13,03%), mandioca (11,59%), milho (36,63%), soja (16,88%), tomate (25,92%) e trigo (17,01%). Na pecuária, houve recuo de 0,05% no bimestre no segmento básico.
A agricultura impulsionou, também, a agroindústria. A parte de processamento vegetal teve bom desempenho especialmente por conta da elevação de preços, com destaque para celulose e papel, etanol e açúcar. Fonte: Valor