Queda nos preços de cacau deve impulsionar indústria do chocolate

As vendas mundiais de chocolate estão perto de uma retomada, com o estímulo que a inovação do setor e a queda nos preços do cacau estão proporcionando, prevê o presidente-executivo da maior fornecedora de chocolate e derivados.
Antoine de Saint-Affrique, presidente da suíça Barry Callebaut, disse que as vendas aceleraram nos últimos meses e vão voltar ao “ritmo normal” de crescimento.
“Do ponto de vista da dinâmica do mercado, estou absolutamente convencido de que o pior já passou”.
Os fabricantes mundiais de doces e chocolates, muitos dos quais são clientes da Barry Callebaut, foram prejudicados nos últimos anos pela tendência da alimentação saudável e pela alta do cacau.
O mercado global de chocolate para uso industrial sofreu queda de volume de 1,5% em 2015 e 0,4% em 2016, diz a consultoria Euromonitor.
Agora, os preços do cacau caíram 40% em 12 meses após boas safras nos principais produtores.
“Estamos repassando as altas e as quedas de preços aos nossos clientes”, disse Saint-Affrique, embora deva levar tempo para que o consumidor sinta a mudança no bolso. “Por isso que me sinto bastante otimista”.
Ele espera que os fabricantes de chocolate ofereçam mais descontos e promoções para “incendiar” o mercado. “Devemos retomar o ritmo de crescimento que era normal, entre 1% e 2% ao ano”.
As quedas de preços seriam apenas um dos fatores que promovem a recuperação. A inovação seria outro: por exemplo, barras de cereais recobertas de chocolate.
A Barry Callebaut expandiu a produção de chocolate “resistente ao calor”, visando países mais quentes.
Os fabricantes de chocolate também podem se expandir a novos mercados. Disse Saint-Affrique. “Ainda há muitos lugares onde as pessoas estão no estágio de descoberta do chocolate”.
Jean-Philippe Bertschy, analista da Vontobel, disse que a projeção de crescimento deita por Saint-Affrique era “um tanto agressiva”. “É claro que existe potencial de crescimento significativo nos mercados emergentes, mas a China vem sendo um mercado muito desafiador até agora”.
Fonte: Folha

Curtiu esse post? Compartilhe com os amigos!

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *