O cacau-da-amazônia possui um diferencial: o ponto de fusão é mais alto do que o do cacau híbrido cultivado no sul da Bahia. Outro aspecto a favor do cacau nativo é a resistência às doenças e às pragas. A partir da quebra do fruto coletado, a casca pode ser usada para a produção de adubo orgânico ou como alimento animal.
Mais sobre o cacau
Nome Científico: Theobroma cacao
Família: Malvaceae
Características Morfológicas: Essa árvore, muito ramificada, chega a seis metros de altura. Possui tronco de 20 a 30 centímetros de diâmetro, revestido por casca com ritidoma lenticelado (como verrugas), de coloração pardo-amarronzado. Suas folhas são lustrosas e alternas, e medem entre 15 a 25 centímetros. Já a propagação é por sementes e vegetativa. O fruto, elipsoide (ligeramente comprimidos), tem cores amarelas, brancas ou avermelhadas, com sementes envoltas por polpa branca e doce.
Origem: Brasil.
Ocorrência Natural: Toda a região amazônica, em mata alta de terra firme.
As sementes do cacaueiro, após secas e beneficiadas, compõem a base de chocolates e derivados. Mas essa árvore vai muito além disso. Do fruto é possível também produzir sucos e, da extração da polpa, vinagres, vinhos, geleias, sorvetes, doces e iogurtes. Além disso, a manteiga e o óleo são muito utilizados na indústria cosmética e farmacêutica.
O cacaueiro prefere solos profundos, permeáveis e adubados. Necessita de sombra e bastante água disponível. O plantio é feito por meio de sementes durante a época de chuvas.
É de conhecimento que há três variedades de cacaueiro, o Criollo, Forasteiro e o Trinitário. O primeiro é cultivado em Honduras, Costa Risca e México, considerado o mais nobre, mas é pouco produtivo e sensível a doenças. Já o segundo, de origem na bacia amazônica, é o mais produtivo e resistente às doenças, cultivado principalmente no Brasil e na África. E o último é resultado do cruzamento entre as duas outras variedades, criado em Trinidad por volta de 1727 e considerado de boa qualidade.
O cacaueiro dá frutos em duas safras. A primeira no mês de janeiro, em uma pequena produção, e a segunda, entre os meses de maio e junho, em que a produtividade é grande.
A polinização é feita por insetos do gênero Forcipomyia, que vivem entre as plantações. Esta é feita nos períodos chuvosos quando o cacaueiro começa a florescer.