Os cerca de 40 mil produtores de cacau da Bahia terminaram a colheita da safra principal, que vai de outubro ao final de abril. A partir de maio, começa a colheita da safra temporã, que segue até setembro e é menos produtiva.
Analistas de mercado, com base nas negociações que estão sendo feitas, estimam que a safra principal deva ficar este ano em pouco mais de 90 mil toneladas de cacau. Ainda não há dados oficiais.
O Pará é o segundo maior produtor nacional, com 42% da safra no Brasil, e tem produtividade melhor que a da Bahia: enquanto o estado do norte produz 916 quilos/ hectare, na Bahia é de 500 quilos. A produção anual do Pará está em 105,8 mil toneladas – há cinco anos, era de 68,4 mil, crescimento médio de 13% ao ano.
Tanto o cacau produzido na Bahia quanto no Pará é industrializado praticamente todo em Ilhéus, onde estão 15 fábricas de chocolate, boa parte delas remanescentes do período áureo da cultura, dizimada pela praga da vassoura-de-bruxa a partir da década de 1980. As maiores empresas são a Cargill, a Olam e a Barry Callebaut.
É para estas empresas que os produtores de cacau esperam vender o produto a um preço mais elevado, depois de terem conquistado o selo de identificação geográfica.
Fonte: Correio