Uma parceria, aos moldes do cartel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), entre os dois maiores produtores de cacau do mundo, Gana e Costa do Marfim, prevista para o próximo mês, provavelmente não terá impacto significativo nos mercados da commodity, na análise da consultoria Fitch Solutions.
A consultoria acredita que barreiras estruturais inibem a capacidade dos países coordenarem atividades comerciais. Na terça-feira, 25, o órgão regulador da commodity em Gana, Cocobod, informou que as potências estão reunidas para discutir um preço fixo aos produtores da amêndoa.
Para a Fitch Solutions, embora os dois países respondam por mais de 60% do suprimento global de cacau, eles retransmitem as exportações de grãos que são processados em outros lugares, operam diferentes sistemas de comercialização e consistem em fazendas de pequeno porte amplamente dispersas, dificultando a coordenação.
“Além disso, sua participação na produção global vem diminuindo constantemente”, observa a consultoria. “Outras regiões produtoras de cacau, como o Brasil e a Indonésia, estão diminuindo sua produção total de amêndoa e exportando mais preparações de cacau”, disse a agência. Fonte: Dow Jones Newswires.