A Olam International, companhia de agronegócios sediada em Cingapura, vai sair do negócio de trading de açúcar, segundo notícias de agências confirmadas pelo Valor. A informação foi antecipada pela agência Bloomberg. Procurada, a companhia asiática confirmou a informação.
Trata-se da segunda trading que se retira do negócio de comercialização de açúcar, após anos de baixos preços da commodity. A primeira foi a americana Bunge, que vendeu no ano passado seu livro de contratos para a asiática Wilmar International, que opera nesse segmento em parceira com a brasileira Raízen.
A decisão da Olam foi tomada com parte da revisão do plano de negócios global da companhia, que tem capital aberto na bolsa de Cingapura e preferiu manter operações apenas nos negócios em que a companhia tem presença relevante de mercado, como na comercialização de café, algodão e cacau, apurou o Valor com fonte próxima à companhia.
A comercialização de açúcar sempre foi considerado um negócio de nicho para a Olam e, embora desse lucro, o retorno aos acionistas era considerado pequeno, segundo essa fonte. Na última safra, a companhia originou 1,5 milhão de toneladas de açúcar no Brasil.
A Olam ainda está avaliando se executará os contratos de compra e venda de açúcar já firmados, se vende o livro para outra trading ou se cancela os compromissos (washout). “Tem que ver o custo disso”, afirmou a fonte.
A maior parte dos funcionários está sendo realocada para a comercialização de outros produtos, segundo a fonte. A Olam também possui duas usinas de açúcar na Índia e uma refinaria de açúcar na Indonésia. Fonte: Valor