PNUMA apoia projetos que visam tornar a cadeia global do cacau mais sustentável

Você sabia que, em geral, menos de 7% do preço da sua barra de chocolate é destinado aos produtores de cacau? Ou que grandes quantidades da produção global de cacau estão associadas ao desmatamento ilegal e à perda de biodiversidade?

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e seus parceiros vêm trabalhando há muitos anos em projetos destinados a tornar a indústria do cacau mais ecológica e sustentável. Greening the Cocoa Industry (“Tornando a indústria do cacau mais sustentável”, na tradição livre) é um deles.

O objetivo do projeto é mudar as práticas de produção e de comércio nos principais países produtores de cacau e nas empresas de chocolate, visando à conservação da biodiversidade, à provisão de maior estabilidade a longo prazo a todos os participantes da cadeia de valor; e ao aumento de renda para pequenos agricultores.

Você sabia que, em geral, menos de 7% do preço da sua barra de chocolate é destinado aos produtores de cacau? Ou que grandes quantidades da produção global de cacau estão associadas ao desmatamento ilegal e à perda de biodiversidade?

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e seus parceiros vêm trabalhando há muitos anos em projetos destinados a tornar a indústria do cacau mais ecológica e sustentável.

Greening the Cocoa Industry (“Tornando a indústria do cacau mais sustentável”, na tradição livre) é um desses projetos. Ativo desde 2013, ele é financiado pelo Global Environment Facility e implementado pelo PNUMA.

Sobre o projeto
O objetivo do Greening the Cocoa Industry é mudar as práticas de produção e de comércio nos principais países produtores de cacau e nas empresas de chocolate, visando à conservação da biodiversidade; à provisão de maior estabilidade a longo prazo a todos os participantes da cadeia de valor; e ao aumento de renda para pequenos agricultores.

Ele abrange Brasil, Costa do Marfim, República Dominicana, Equador, Gana, Guiné, Indonésia, Nigéria, Madagascar, Papua Nova Guiné e Peru, e recebe total apoio do governo em cada país.

O principal parceiro do PNUMA que executa o projeto é a Rainforest Alliance.

Apostando na agroecologia

“Nossa fazenda é sustentável porque é diversificada”, disse Clavelina Sánchez em sua fazenda em Nueva California, na região de Junín, no Peru. “Temos café, cacau, bananas, laranjas, urucum, mandioca, taioba, galinhas, madeira e muito mais”, contou.

A fazenda de Clavelina atua como um modelo para outros agricultores de cacau adotarem práticas sustentáveis em suas produções. Segundo ela, eles vão até a sua fazenda receber treinamento e observar exemplos práticos.

“Seguimos nossos princípios e os praticamos: agricultura sustentável e diversificação da produção nos ajudam a gerar mais renda”, relatou a agricultora.

Cuidando do solo, cuidando do meio ambiente
Segundo Clavelina, resguardar a biodiversidade melhora ainda a qualidade de vida dos produtores. “Por exemplo, [pelo projeto] aprendemos a usar árvores nativas kudzu e comelinas para sombra e como cobertura do solo”, explicou.

O cuidado com o solo é um dos passos fundamentais na caminhada agroecológica. “Nosso principal objetivo é cuidar do solo e gerenciá-lo adequadamente. Isso é fundamental para obter uma colheita saudável e produtiva que nos dê comida e renda suficiente para nossas famílias”, contou Clavelina.

Greening the Cocoa Industry – Sustentabilidade na cadeia do cacau

Globalmente, o projeto Greening the Cocoa Industry cobre pelo menos 10% da produção mundial de cacau – 350.000 toneladas, cultivadas em 750.000 hectares por 250.000 agricultores.

Segundo o chefe da Unidade de Biodiversidade e Degradação de Terras do Fundo Mundial para o Meio Ambiente do PNUMA, Johan Robinson, “O objetivo geral do projeto de vincular a sustentabilidade do cultivo do cacau à conservação de áreas chave (hotspots) de biodiversidade tem um grande potencial de expansão”.

O projeto também aborda os fatores de perda de biodiversidade – incluindo mudança de habitat e superexploração, além de apoiar o desenvolvimento de sistemas de certificação das melhores práticas de gestão do cacau que conservem a biodiversidade.

Resultados do projeto
O uso dos requisitos padrão da Sustainable Agriculture Network (SAN) – rede global de organizações comprometidas com o desenvolvimento sustentável – como uma ferramenta para promover a sustentabilidade na fazenda e conservar a biodiversidade dentro e fora dela tem sido eficaz.

Os auditores do projeto certificaram a conformidade de 182.362 fazendas com o padrão da SAN, em um total de 896.654 hectares, incluindo 64.559 hectares de terras cultivadas para proteção.

O projeto também contribuiu para conservar a biodiversidade em algumas paisagens selecionadas de cultivo de cacau, como o Projeto Tai, na Costa do Marfim; o Projeto Juabeso/Bia, no Gana; e o Projeto Kanyang, na Nigéria.

As atividades do projeto foram apoiadas por mais de 54 marcas e varejistas comprometidos com a sustentabilidade.

Esses compromissos corporativos contribuíram significativamente para o co-financiamento adicional de 24,5 milhões de dólares que o projeto conseguiu angariar ao longo de sua vida, enquanto que as investidas na Comunicação ajudaram a aumentar a conscientização dos consumidores e agricultores sobre o valor das práticas sustentáveis.

Crescimento do mercado de cacau sustentável

As vendas de cacau certificado pela Rainforest Alliance agora representam 5% das vendas globais.

Além disso, é importante pontuar que uma quantidade muito maior de cacau está sendo produzida de maneira sustentável do que aquela sendo vendida com a certificação da Rainforest Alliance.

O programa de cacau da SAN/Rainforest Alliance registrou um crescimento significativo nos últimos cinco anos, sendo que cerca de um milhão de hectares de terras agrícolas de cacau em 15 países conseguiram a certificação da SAN/Rainforest Alliance em 2016.

O cacau certificado pelas duas iniciativas agora compreende 13,6% do suprimento mundial de cacau, com um aumento cada vez maior na demanda dos grandes compradores de cacau para obter cacau sustentável.

A fim de conscientizar sobre o tema, a Rainforest Alliance, em colaboração com a World Cocoa Foundation, criou manuais para facilitar a produção de cacau com baixa emissão de carbono e apoiar a resiliência climática a longo prazo.

Dia Mundial do Cacau e Chocolate
O Dia Mundial do Cacau e Chocolate é comemorado anualmente no dia 1º de outubro.

A data é uma criação da Organização Internacional do Cacau e da Académie Française du Chocolat et de la Confiserie, e serve para conscientizar o público geral das condições de vida dos produtores de cacau em todo o mundo, em um esforço para construir uma economia sustentável do cacau.

Ao incentivar uma indústria local de chocolate, contribui-se para a diversificação econômica e ajuda-se a garantir uma renda melhor para os agricultores de cacau. Fonte: Nacoes Unidas

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0 Comments

  1. Débora Santos disse:

    Fiscalização? Só se for pra dizer que estão fazendo alguma coisa, né? Aqui no Nelson Costa tem um monte de lugar a que era pra tá fechado q tá funcionando. No centro Tb. Salão cheio, o povo fala que tá fechado, mas se vc ligar consegue marcar. Um monte de gente sem máscara, não tô vendo fiscalização nenhuma. E pior, vc liga pra denunciar as aglomerações e não consegue falar.

  2. Isabel Amorim disse:

    É isso mesmo Débora, o sol e mar é a mesma coisa. O que mais se vê é "reuniao" na rua de pessoas irresponsáveis e sem nenhum respeito com quem se cuida.

  3. Nerivaldo disse:

    Concordo com a Débora aqui na Conquista é a mesma coisa ninguém respeita decreto da prefeitura todo final de semana é farra até altas horas incomodando os vizinhos a Gamboa é a principal, a fiscalização fechou um bar quando foi embora abriu novamente, é uma falta de respeito para as pessoas que está em casa

  4. J. Lima disse:

    Aqui no Hernani Sá, o baba e o jogo de vôlei no campo da Central de Abastecimento é constante. Desde do foi decretada as medidas em março.

  5. Ana disse:

    Fiscalização? Só se for na conxichina. Aqui na esperança quase todos os dias porta de bar lotada, pessoas se aglomerando o dia todo bebendo na porta de casa. Ninguém usa máscara. Indecência.

  6. Fernando Santos disse:

    No Bairro da Conquista, tá parecendo que todo mundo e Imuni, ou já acharam a Cura para o vírus, pq Aquela Praça Santa Rita, parece um carnaval, bares abertos, Mercadinho parece uma distribuidora povo pegar a cerveja e vai beber na Praça Santa Rita,e ainda tem direito a Abará e Acarajé..se duvidar rola até um Som para acompanhar…. bora Presta mais atenção no Bairro ..tá feio .

  7. MARTHA CALATRONE PANDINI disse:

    Não e só fiscalizar e começar a multar as pessoas que não usam máscaras, porque eles não pensam neles e muito menos nós outros. O certo seria cadeia para vê se aprende a cumprir a lei e respeitar as pessoas.

  8. Vânia disse:

    Na verdade ilhéus não tem fiscalização nenhuma, existe igrejas evangélicas aqui na barreira que pessoas de idade estão indo. Descumprindo o decreto e ninguém fiscaliza nada.

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