Por Luciano Veiga*
A luta pela defesa da Ceplac, perpassa pela defesa de um ambiente de pesquisa e extensão, que ao longo dos anos conseguiu manter vivo princípios hoje tão caros aos povos, sustentabilidade social, econômica e ambiental.
Seria saudosista imaginar que a velha Ceplac criada em 20 de fevereiro de 1957, hoje aos 62 anos de existência, tivesse a mesma robustez dos seus primórdios tempos. Porém criou resiliência, casca dura, pois sobreviver a 32 anos, mais da metade de sua vida, produzindo pesquisa de qualidade, referência mundial no seu setor e garantir o elo entre pesquisa e extensão, sem oxigenar os seus quadros funcionais, é um case de sucesso. Fazer cada vez mais com menos, é o que se busca em uma gestão de excelência privada ou pública.
Se não bastasse a sua inanição funcional, que por si só dá para desenhar o seu fim, vive mais uma vez vítima do fogo amigo, das instituições que poderiam somar e criar uma governança de pesquisa e extensão compartilhada, dando musculatura às organizações, em especial ao conjunto das suas missões e visões, o que se observa é o salve-se quem puder, do tipo, eu fico com a pesquisa e você com a extensão e a Ceplac? – apaga a luz.
O debate em torno da Ceplac, na verdade é uma discussão sobre a ponta do iceberg. A região cacaueira no Brasil padece de políticas públicas de fomento financeiro, pesquisas e extensão, que desenvolvidas conjuntamente são suficientes para gerar e garantir novas áreas de produção, com atingimento do equilíbrio econômico, social e ambiental.
Nestes últimos dias vimos ressuscitar o debate em torno da Ceplac. Foram calorosos, sobre a sua vida ou a sua morte. Opiniões divergentes apontam para o mesmo lugar: a ponta do iceberg, o que está em jogo é o capital material e imaterial desta instituição que será distribuída ou vendida para alimentar um fundo que irá financiar em tempos de recursos diminutos o próprio Ministério da Agricultura, deixando a Ceplac, que luta para preservar o que conquistou, pagar o preço pela sua inanição ao longo do tempo onde a sua alimentação/oxigenação foi cortada, vivendo em uma UTI, onde briga pela vida, e ainda assim consegue criar tecnologia e levá-la aos que mais precisam. Mas, nada disso serve, com pouco recursos a Ceplac esqueceu de se comunicar, a sociedade não consegue perceber que seu patrimônio vai muito além dos bens materiais, o maior acervo mundial do CHOCOLATE é nosso, pois o verdadeiro sabor se faz com Cacau.
As instituições e representações uniliteralmente não devem puxar pra si o protagonismo da revitalização ou não da Ceplac, devem buscar na verdade é garantir com transparência e universalidade, a preservação e continuidade da pesquisa e extensão os dois pilares desse órgão, que tantos, independente de governo lutam para ACABAR.
Amanhã, acordaremos com a manchete “A Instituição Ceplac não existe mais”.
Este vazio, não será apenas um grito saudosista, terá efeito imediato em um sistema produtivo que ficará órfão, tantos para os que gritaram pela sua morte, como para aqueles que acreditaram na sua vida, vão gritar pela sua ressurreição.
A nossa Mata Atlântica, transformada em pasto e plantio de café, eucalipto e tanto outro cultivos inovadores das empresas e/ou instituições públicas que virão ocupar seu espaço, pois Rei morto – Rei posto.
Há tempo “PARE” DE ACABAR COM A CEPLAC.
*Luciano Veiga – Advogado, Administrador – Especialista em Planejamento de Cidades (UESC)
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O grande problema, é que o motorista é punido e esses irresponsáveis ñ são. Sejamos justos e punamos os que cometem essas infrações.
Não é somente questão de adaptação e sim de orientação, pois está um perigo andar na ciclovia com tantos pedestres transitando por lá. Pedalamos a vida toda sem ciclovia, então é muito mais "fácil" estar entre os carros do que correr o risco de participar de acidentes com pedestres. Os órgãos que deveriam orientar e fiscalizar, ficam no acesso a ponte vendo tudo acontecer de braços cruzados. Quando acionados, justificam que o povo é assim mesmo e que isso sempre vai acontecer. Lamentável!
A ciclovia também vive cheia de pedestres, não vai demorar ter acidente ou confusão.
Passei pela ponte e conversei com algumas pessoas, e percebi que muitos nao sabem que há uma divisão ciclovia/passarela. Creio q seria oportuno manter agentes da sutran…informando e educando as pessoas a usar a via correta. Entretanto, sabemos que alguns fazem propositadamente.
O art. 58 do codigo de transito é claro quando diz que na ausência ou na impossibilidade de andar na ciclofaixa, o ciclista tem o direito de usar a faixa de bordo de transito. Nao é dificil encontrar pedestres usando a ciclovia de forma indevida na ponte, justificando assim, o uso da faixa de carros.
É compreensível a visão da maioria em achar errado as bicicletas na pista.
O que precisa ser compreendido ou melhor, se tornar algo de conhecimento para as pessoas, é que ciclofaixas não são a preferência pelos ciclistas, principalmente os que treinam para melhorar o desempenho.
As ciclovias normalmente tem limite de velocidade, aqui na minha cidade é de até 20km. Servem para quem vai trabalhar, passear, admirar a paisagem. Se um ciclista passar em treino na ciclovia vai ter sérios problemas.
Outro ponto, não sei em Ilhéus, mas é o local onde os assaltantes mais gostam de fazer suas vítimas e normalmente são violentos. Por ser um local mais compacto onde pessoas passam andando ou pedalando mais lento, eles derrubam com empurrões, murros e até com faca.
Mais um ponto é em relação aos ciclistas de estrada, aqueles com bicicletas de pneus finos… aro 700… O pneu é fino e ciclovias normalmente são inadequadas por ter irregularidades no solo, placas, etc….são bicicletas, como o próprio nome diz, de estrada e são projetadas para atingirem velocidades altas. Aqui ando na pista onde atingimos 50, 60, 70km/h muito fácil dependendo do local.
O mais prudente, como existe em vários países com a educação de trânsito desde base, é ter ciclofaixas e ciclovias em locais com parques e outras atividades de lazer.
Lembrando que bicicletas são meios de transporte e é legalmente permitida pelo nosso código de trânsito onde nele mesmo dá a proteção ao ciclista ao conter informações como "o motorista deve manter, obrigatoriamente, 1,50m de distância do ciclista, não prensar, dar a preferência…etc" sendo passivo de multa.
Espero ter ajudado um pouco e torcendo sempre por um trânsito mais educado, menos violento e com respeito multo. Abs
Acho que deveria haver fiscalização por propostos do município para orientar a conduta dos munícipes, vez quevecistem pedestres utilizanfo a ciclovia e ciclistas utilizando a pista para prdesttrs.