Membros da Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), que representa as principais empresas do ramo, pediram a retomada das importações de cacau da Costa do Marfim, na Secretária de Relações Internacionais (SRI), do Ministério da Agricultura.
Esta é a segunda vez, após 3 anos de embargos, que a indústria retoma o pedido. Em 2013, a entidade enviou um e-mail ao secretário de Defesa Agropecuária do ministério pedindo uma solução rápida para o problema, alegando que o embargo poderia ocasionar uma redução na moagem em meio a um mercado consumidor doméstico em crescimento.
As importações da Costa do Marfim foram proibidas em agosto de 2012, após dois carregamentos aportarem em Ilhéus, na Bahia – onde se concentra o parque fabril brasileiro do segmento – com insetos vivos entre as amêndoas. Naquela ocasião, houve grande pressão do setor produtivo para que as compras fossem suspensas para evitar a entrada de pragas no Brasil.
Além da Costa do Marfim, o Brasil importa cacau praticamente de mais dois países: Gana e Indonésia, segundo e terceiro maiores produtores globais da amêndoa. Mas ambos, segundo afirma a entidade, não são capazes de atender a um volume maior de importação.
Para que as importações sejam retomadas, será necessário que o Ministério da Agricultura faça uma revisão da análise de risco de pragas para as cargas provenientes do país africano, com possibilidade de envio de uma missão à Costa do Marfim para checar as condições da produção do país.
Produtores de cacau do Brasil e entidades que representam o setor acreditam que não há necessidade dessas retomada das importações, uma vez que, a safra nacional tem sido crescente e atualmente as moageiras estão se negando e/ou criando entraves para receber o cacau, por estarem com seus depósitos abarrotados de amêndoas. Fonte: Mercado do Cacau