Não adianta produzir um chocolate com pegada ESG, ou seja, com boas práticas socioambientais, se ele não for relamete gostoso. Essa é a tese de Estevan Sartorelli, CEO e cofundador da Dengo Chocolates.
“As pessoas não vão consumir nosso chocolate pela causa. Precisamos de um chocolate gostoso”, disse em entrevista à um site.
Em cinco anos, a companhia se posicionou como uma das marcas preferidas de classe média-alta e alta de São paulo – não há dados abertos de mercado. Entrou na pandemia com oito lojas e agora já são 30 em cinco estados mais o Distrito Federal, sendo uma delas a F´brica da Dengo, loja conceito na avenida Faria Lima, em São Paulo.
A marca não divulg o faturamento, mas Sartorelli diz que já passa dos três dígitos – ou seja, acima de R$ 1 milhão ao mês, pelo menos – e que o plano d expansão continua sendo executado.
O CEO, que por quase uma década trabalhou na natura (NTCO3), diz que a unidade na Faria Lima serve como uma epécie de laboratório. Há produtos exclusivamente produzidos e colocados à venda nesse endereço: quando bem aceitos pelo público, são levados a outros pontos de rede.
Sartorelli criou a companhia depois de sair da companhia de cosméticos e tirar um sabático. A Dengo foi fundada por Sartorelli junto com Guilherme Leal, um dos fundadores e copresidente do conselho de admiistração da Natura e um dos empreendedores brasileiros mais envolvidos com causas socioambientais e organizações da sociedade civil, há mais de 25 anos.
A Natura se tornou uma das maiores empresas de cosméticos do mundo, dona da Avon e uma gigante com receita aproximada de R$35 bilhões por ano.
A Dengo aposta na mesma fórmula que consagrou a Natura ao longo das últimas décadas: recorre ao diferencial de utilizar ingredientes tipicamente brasileiros, como castanha-do-caju, cupuaçu, frutas da Mata Atlântica e tapioca, entre outros, nos chocolates, aliado a processos socioambentais.
Entre as práticas, a marca paga aos produtores de cacau 70% a 160% a mais que o preço da commodity em mercados de referência nos Estados Unidos, a depender da qualidade.
O cacau comprado pela companhia vem de pequenos médios produtores no sul da Bahia, e a iniciativa de pagar acaba gerando uma progressão de renda, explicou sartorelli. “Um produto que traz tanto prazer e felicidade, como o chocolate, não pode vir de uma cadeia de mazelas”, disse.
O cofundador conta que o estímulo a uma alimentação mais saudável é outro dos objetivos, com um produto que não tem conservantes, aromatizantes nem gosrdura hidrogenada, sob o mote de “mais cacau, menos açúcar”.
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