Por: Adilson Reis
Implantação de novas áreas de cultivo viraliza no radar da setor industrial cacaueiro brasileiro
A Cargill, formalizou parceria com o grupo Belterra, para incrementar plantações de cacau na região amazônica do Mato Grosso. O projeto anunciado, reforça a estratégias de impulsionamento da produção de cacau nacional, voltada para garantir o abastecimento das indústrias de processamento, localizadas em ilhéus-Ba.
Fontes ligadas a Cargill reportaram ao MC, existir aprovação da alta gestão global da companhia, para implementação de 100 mil hectares em plantios de cacau, no sistema agroflorestal, em áreas ainda a serem selecionadas no território nacional. Comentam ser esse, o maior e mais complexo projeto sustentável em execução na cacauicultura mundial.
O start da Cargill, em negócios do setor primário no cacau brasileiro, foi marcado por uma joint venture firmada com o grupo Schmidt, no oeste baiano. O novo plano, envolve uma área de cultivo avançado em 400 hectares, o qual, servirá de referência para atrair os tradicionais grupos plantadores de milho, soja e algodão, capazes formar grandes lavouras de cacau. Técnicos atuantes na região, afirmam que logo em breve, o cultivo do cacau será bastante representativo no agro mix local, como também, poderá firmar-se, como maior polo nacional de produção, já nos meados próxima década.
Outras diversas empresas moageiras e chocolateiras, também estão buscando implementar ações de semelhantes em expansão de cultivo, como também, motivam o fair trade na implementação da produtividade nas fazendas. A Barry Callebaut, elaborou um grande viveiro de mudas de cacau, proporcionando vendas subsidiadas aos produtores. Além disso, comercializa insumos agrícolas a preços reduzidos. A ofi vem fortalecendo as operações de barter, trazendo condições diferenciadas para os produtores, na aquisição de fertilizantes. Do lado dos chocolateiros, a Nestlé segue firme com o programa Cocoa Plan, envolvendo diversos produtores através de trabalhos de campo e educativos por via digital. A Mondeléz, desenvolve programas de sustentabilidade, executando trabalhos de recuperação de áreas em pequenas propriedades.
Os referidos projetos, fazem parte da corrida dos participantes da cadeia de manufatura do setor local, em alcançar a autossuficiência na produção nacional de cacau. Atualmente, convivem com um déficit anual aproximado de 40 mil toneladas, as quais, são importados regularmente dos países do Oeste Africano. Segundo dirigentes das principais moageiras, as importações se apresentam com indispensáveis no momento, porém, seguem determinados em implulsionar a produção interna, para em breve, adquirirem todo suprimento no território nacional.
Fonte: mercadodocacau