Com esse registro, o INPI chega a 118 Indicações Geográficas, sendo 84 Indicações de Procedência (todas nacionais) e 34 Denominações de Origem (25 nacionais e 9 estrangeiras).
De acordo com a documentação apresentada ao INPI, os registros históricos sobre a existência do cacau em Rondônia datam de meados de 1790, mas o plantio comercial só ocorre a partir de 1970, pois é nesse momento que há uma junção de esforços para aumentar a produção de cacau no Brasil, fixar o homem no campo e implantar um cultivo conservacionista, com características semelhantes às da floresta. Assim, já em 2003, Rondônia ocupava a primeira posição na produção primária do cacau em amêndoas na Amazônia Ocidental.
Os registros documentais também mostram a existência de dois apelos mercadológicos importantes relacionados ao cacau de Rondônia. O primeiro, de caráter ecológico, configura-se pelo fato de a cacauicultura demandar a preservação da floresta nativa para que se mantenha o sombreamento necessário ao cultivo do produto. O segundo é a qualidade físico-química superior do cacau cultivado na região, quando comparada, por exemplo, à África Ocidental, que é utilizada como padrão mundial de qualidade.
Segundo a documentação enviada ao INPI, o cacau de Rondônia possui sabor inconfundível e uma gordura de qualidade diferenciada para a produção de alimentos achocolatados de consistências e sabores diversos.
A história da cacauicultura de Rondônia e o saber fazer dos produtores são responsáveis por atribuir características únicas à atividade. Além disso, os fatores peculiares relacionados ao solo, microclima, modo de produção e atributos organolépticos fazem do cacau em amêndoas de Rondônia um produto único, o que contribui para sua notoriedade e consumo entre os apreciadores de cacau.
Fonte:Gov.br