A cadeia de abastecimento africana de amêndoas para manufaturar produtos de confeitaria e
chocolates, encontra-se mergulhada em uma encruzilhada fundamental, relacionada
diretamente com dúvidas sobre o comportamento das indústrias, em aceitar remunerar
preços mais elevados para o abastecimento de derivados de cacau para os fabricantes.
A atual situação relatada de impasse entre os principais grupos de chocolate e os
compradores, que aparentemente não estão dispostos a pagar os elevados preços vigentes,
afasta o cenário sustentável viável de longo prazo, na indústria global. Como observou a ONG
do setor, Voice Network, a aparente relutância das empresas de confeitaria, que utilizam
derivados de cacau, em remunerar os valores atuais de mercado em produtos de base.
Mediante observações da organização, o setor tem sido evidente em afirmar que é incapaz de
influenciar positivamente os preços quando estes estão historicamente baixos há muitos anos,
mas diante das elevações registradas ultimamente, as indústrias, segundo analistas de
mercado, seguem tentando pressionar os preços para baixo, evitando compras de suprimentos
essenciais para a temporada 2023/24.
Por que isso importa tanto? Bem, a taxa comparativamente elevada dos preços do cacau que
observamos agora deve-se, na verdade, a algumas questões-chave: O mau tempo que afeta os
rendimentos dos produtores, bem como os custos inflacionados nos fatores de produção,
incluindo fertilizantes, bem como, as incertezas mais amplas na cadeia de abastecimento.
Conforme opinião de diversos analistas, os preços internacionais do cacau, atualmente podem
ser considerados próximo do ponto de equilíbrio nas contas dos produtores, entretanto,
parece que os compradores internacionais se mostram incapacitados em alavancar volumes,
para que os agricultores africanos se beneficiem diretamente disso.
Mediante os acontecimentos globais preocupantes em todo o mundo, incluindo o conflito em
curso na Ucrânia, bem como o conflito em Israel e Gaza, as questões da pobreza dos
agricultores africanos, parecem irrelevantes diante da agenda noticiosa global. Entretanto,
para aqueles que estão no centro das indústrias, entendem que as comunidades agrícolas do
oeste africano, se apresentam como indispensáveis e essenciais para garantir o futuro da
cadeia de suprimento do cacau e chocolate mundial. Para que isso se viabilize de fato, os
agricultores clamam pelo apoio dos governantes, principalmente de Gana e Costa do Marfim,
para que possam promover o alinhamento da remuneração dos produtores, aos atuais preços
de mercado, enfatizando que esse, sem dúvida se mostra como o caminho a seguir para o
futuro da indústria de confeitaria e chocolateira global.
Fonte:C Prodution
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Gente !! Corrige aí. Colocaram no título "monografia."