O volume de cacau processado no Brasil na safra 2014/15, que encerrou em abril, foi a menor dentro das últimas seis temporadas, de acordo com levantamento da TH Consultoria, sediada em Salvador. As indústrias moeram 225,847 milhões de toneladas no período, um recuo de 7,77% com relação às 244,861 milhões de toneladas processadas em 2013/14.
O montante moído na última safra foi o menor desde 2009/10, quando as indústrias utilizaram apenas 219,150 milhões de toneladas de cacau em suas plantas.
O ritmo do processamento no Brasil desacelerou no último mês, abril, quando foram moídas 18,132 milhões de toneladas, um tombo de 9,35% na comparação com o mesmo mês de 2014. Em relação a março, o volume representou uma queda de 1,48%.
Apesar da indicação de que a demanda interna está pisando no freio, os preços do cacau no mercado doméstico têm acompanhado a alta especulativa que ocorre na bolsa de Nova York. Dessa forma, ontem, a amêndoa foi negociada na Bahia dentro de uma faixa de R$122 a R$129 a arroba, ante R$ 120 a R$126,00 a arroba na semana passada.
A valorização do preço interno também ocorre a despeito de um forte crescimento da oferta que é observado neste início de safra, já que os produtores da Bahia estão avançando de forma significativa na colheita da safra temporã.
Na semana encerrada no último domingo, as entradas da amêndoa somaram 72,593 mil sacas de 60 quilos, totalizando, desde o início da safra, que começou em maio, 125,671 mil sacas.
Esse montante é mais do que o triplo do volume entregue na Bahia no mesmo intervalo da safra passada, a 2014/15, (alta de 340%) e mais do que o dobro entregue no mesmo período do ciclo retrasado, o 2013/2014 (aumento de 285%).