O mau tempo resultou em uma baixa de qualidade da cultura do cacau em várias, das principais, regiões de plantação da Costa do Marfim, o que gerou uma queda nos ganhos dos agricultores e deixando-os em situação adversa para deixá-los lutando para se preparar para a próxima temporada.
O maior produtor de cacau do mundo está em no meio da colheita temporã que acontece de abril a setembro e pretende ultrapassar a safra recorde do ano passado.
No entanto, os agricultores da região de Daloa, San Pedro, reclamaram que a produção caiu drasticamente nesta temporada, devido a uma seca mais severa do que o usual e um fenômeno meteorológico chamado Harmattan (ventos fortes).
"Em uma plantação de três hectares no ano passado nós já teríamos seis sacos de 70 kg de amêndoas de boa qualidade. Este ano, não tem sequer a metade disso", disse agricultor e gerente de cooperativa Attoungbre Kouame em Daloa.
Daloa normalmente produz cerca de um quarto da produção nacional da Costa do Marfim.
Os produtores de cacau tradicionalmente, neste período, prepararam as plantações para o meses de outubro – março, quando acontece a safra principal do ano. Em junho e julho os agricultores incluem mais trabalhadores, para auxiliar nos cuidados com a lavoura, na aplicação de pesticidas e tratamentos anti-fúngicos e fertilizantes para aumentar a produção.
Mas, para manter este trabalho, considerado indispensável para a plantação, os agricultores afirmam que não dispõem de dinheiro e, com poucas amêndoas, e não esperam estar prontos para a colheita, nas próximas semanas, tem poucas perspectivas de captação de recursos no tempo.
"Se não há dinheiro para preparar as plantações de agora, nós vamos ter que nos preocupar com a doença no início da safra principal e grandes perdas", disse Labbe Zoungrana, que cultiva perto de San Pedro.
A região costeira foi uma das mais atingidas pelas condições secas deste ano, que os agricultores dizem que reduziram a colheita da cultura principal e atrasou o início da safra.
"Nós não tivemos este tipo de seca em cinco anos. Há pouca colheita neste momento", disse Zoungrana.
Gana também têm está com a produção comprometida registrando baixos volumes de colheitas e amêndoas pequenas.
"Há apenas um pouco de cacau, mas estamos perdendo um monte de dinheiro, porque temos de classificar nossos grãos, a fim de reunir os grandes", disse N’Dri Kouao, um agricultor e gerente de cooperativa incontornáveis na fronteira Gana .Informações da Reuters